Catequese do Papa Francisco – Audiência de 03 de junho de 2015

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Segunda Vida de São Francisco – Tomás de Celano.

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SEGUNDO LIVRO

Sobre exemplos contra o dinheiro.
Capítulo 35 – Dura correção de um irmão que o tocou com as mãos

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1 Verdadeiramente acima de tudo amigo de Deus, desprezava tudo que é do mundo mas, acima de tudo, detestava o dinheiro.
2 Fez pouco dele desde o início de sua conversão, e aos seus seguidores sempre disse que deviam fugir do dinheiro como do próprio diabo.
3 Esta era a astúcia dada aos seus, que deviam dar o mesmo valor ao esterco e ao dinheiro.
4 Aconteceu por isso certo dia que entrou um secular para rezar na igreja de Santa Maria da Porciúncula, e pôs dinheiro de esmola junto da cruz.
5 Quando ele foi embora, um frade pegou o dinheiro com simplicidade e o jogou numa janela.
6 O santo ficou sabendo que o frade fizera isso e ele, vendo-se descoberto, correu pedir perdão e se prostrou no chão e se oferecendo ao castigo.
7 O santo o repreendeu e lhe disse coisas muito duras por ter tocado o dinheiro.
8 Depois mandou que o pegasse na janela com a boca e que assim o levasse para fora da cerca do lugar e colocasse em cima de esterco de asnos.
9 O frade obedeceu de bom grado e os presentes ficaram cheios de temor.
10 Tiveram ainda maior aversão pelo dinheiro que assim tinha sido comparado ao esterco e se encorajavam a desprezá-lo cada dia com novos exemplos.

Evangelho – Mc 12,18-27

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Evangelho+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo: Vieram ter com Jesus alguns saduceus, os quais afirmam que não existe ressurreição e lhe propuseram este caso: ‘Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: ‘Se morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão desse homem deve casar-se com a viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão.’ Ora, havia sete irmãos: o mais velho casou-se, e morreu sem deixar descendência. O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar descendência. E a mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete deixou descendência. Por último, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher? Por que os sete se casaram com ela!’ Jesus respondeu: ‘Acaso, vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu. Quanto ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito enganados.’
Palavra da Salvação.

Bem-aventurado André de Spello

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Santo do diaSacerdote e discípulo de São Francisco, da Primeira Ordem (1194-1254). Aprovou seu culto Clemente XII no dia 25 de julho de 1738.
André Caccioli nasceu em Spello, na Úmbria, em 1194. Logo, ele abraçou a vida eclesiástica e tornou-se padre. Em 1223, quis seguir a São Francisco e se tornou seu discípulo ao entrar na Ordem dos Frades Menores. De São Francisco imitou principalmente o espírito de pobreza, e em 3 de outubro de 1226 teve a sorte de assistir à gloriosa transição do Seráfico Pai. Em 1233, ele estava na Espanha, onde participou do capítulo de Soria e obteve com suas orações uma chuva providencial para aquela terra afetada por uma seca prolongada. O mesmo milagre fez em Spello.
Também viveu no eremitério do Carceri em Assis, em grande penitência e austeridade. Tinha preocupação em contemplar as coisas celestiais, para as quais ele já estava próximo. As horas livres para a fraternidade ele passava numa caverna, separado do resto do mundo, dedicando-se unicamente à oração. Várias vezes ele foi favorecido com aparições celestiais e seu espírito provou de uma doçura indescritível. Um dia, Jesus apareceu para ele como uma criança, radiante com a beleza. As conversas eram agradáveis quando a campainha tocou, chamando-o para o ofício religioso das Vésperas. André, em espírito de obediência, parou a conversa para juntar a seus confrades. Terminado o ofício, ele regressou para o seu retiro e, com grande alegria, encontrou o menino Jesus, que lhe disse: “Você fez bem em obedecer: vou chamá-lo logo para mim!”. Era o feliz anúncio de sua morte que se aproximava.
Em 1248, ele voltou ao convento de Santo André, em Spello, onde foi responsável pela direção espiritual das Clarissas. Pediu e obteve de Santa Clara a indicação para Abadessa de Spello a bem-aventurada Pacifica Guelfuccio, tia e uma das primeiras discípulas ilutres de Santa Clara. Com a ajuda e conselhos do Beato André a comunidade das Damas Pobres da Senhora Pobreza aumentou em número e fervor, renunciaram à Regra mitigada do Cardeal Ugolino para acompanhar a de São Francisco para as primeiras religiosas amantes da pobreza. Assim, o mosteiro de Spello tornou-se logo uma das casas mais florescentes da Ordem.
Em Spello, André esperou sereno o convite para voltar à pátria celeste. Cheio de méritos e glorioso por seu ardente apostolado no meio das pessoas do povo, pela pregação de muitos anos, recebeu com edificante piedade os últimos sacramentos, e dormia placidamente no Senhor em 3 de junho de 1254, aos 60 anos idade. As antigas crônicas franciscanas o chamam de máximo pregador e taumaturgo, recordam a sua caridade e obediência exemplares. Foi eleito co-padroeiro da cidade em 1360.

Bem-aventurado André de Spello, rogai por nós!