Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior – Christo Nihil Praeponere

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A vida de São Felipe Neri

Na semana em que a Igreja celebra os 500 anos do nascimento de São Felipe Neri, recordamos a vida e as virtudes desse grande sacerdote. Felipe, o “santo da alegria”, “preferiu o Paraíso” e o amor de Deus às honras e glórias deste mundo.

Fonte: http://padrepauloricardo.org

Segunda Vida de São Francisco – Tomás de Celano.

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SEGUNDO LIVRO

Capítulo 89 – Sobre a cítara angélica que ouviu

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1 Nos dias em que esteve em Rieti tratando dos olhos, chamou um dos companheiros, que tinha sido citaredo no século, e lhe disse: “Irmão, os filhos deste século não entendem os desígnios divinos.
2 A libido humana passou a usar os instrumentos de música, destinados antigamente aos louvores divinos, só para agradar os ouvidos.
3 Por isso eu gostaria, meu irmão, que fosses pedir em segredo uma cítara emprestada para tocar alguma canção bonita e dar algum alívio ao irmão corpo cheio de dores”.
4 O frade respondeu: “Pai, tenho muita vergonha, porque podem pensar que cedi a uma tentação de leviandade”.
5 O santo disse: “Então vamos esquecer isso, irmão. Há muitas coisas que é melhor deixar de fazer para não ferir a boa fama”.
6 Na noite seguinte, estando o santo acordado e a meditar em Deus, soou de repente uma cítara de admirável harmonia e suavíssima melodia.
7 Não se via ninguém, mas dava para perceber pela facilidade do ouvido que o citaredo estava andando para lá e para cá.
8 Afinal, com o espírito dirigido para Deus, o santo pai sentiu um prazer tão suave com aquela doce música, que parecia ter sido transferido para outro mundo.
9 Quando se levantou de manhã, o santo chamou o frade de quem falamos acima, contou-lhe tudo em ordem e disse: “O Senhor, que consola os aflitos, nunca me deixou sem consolação.
10 Eu não podia escutar as cítaras dos homens e acabei ouvindo uma outra mais suave”.

Evangelho – Mt 13,31-35

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Evangelho+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo: Jesus contou-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.’ Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: ‘O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.’ Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: ‘Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo’.
Palavra da Salvação.

Bem-aventurada Mattia de Nazarei

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Santo do diaVirgem religiosa da Segunda Ordem (1236-1320). Aprovou seu culto Clemente XII no dia 27 de julho de 1765.
Mattia, nascida no ano de 1235 em Matelica, nas Marcas – Itália, pertencia à família nobre De Nazarei. Cresceu rodeada dos amorosos cuidados familiares, que fizeram tudo para prepará-la para um brilhante porvir. Seu pai sonhava para ela um matrimônio digno de sua categoria. Porém, um fato inesperado transtornou todos os seus planos. O exemplo das duas santas irmãs Clara e Inês de Assis também se repetiu em Matelica. Um dia Mattia sem avisar a ninguém, fugiu de casa e foi bater às portas do mosteiro de Santa Maria Madalena das Irmãs Clarissas, pedindo à abadessa que a recebesse entre suas co-irmãs. Esta a fez notar que isto era impossível sem o consentimento de seus pais. Pouco depois, o pai e alguns parentes, irritadíssimos, irromperam no mosteiro decididos a levá-la de novo para casa à força. Porém, tudo foi inútil. O pai foi vencido pela insistência da sua filha, que assim pôde realizar seu sonho de seguir a Cristo pelo caminho da perfeição. Tinha dezoito anos quando começou o noviciado e antes da profissão, distribuiu parte de seus bens aos pobres e parte reservou para urgentes trabalhos de restauração do mosteiro.
Atrás de seu exemplo, outras moças a seguiram pelo caminho da vida evangélica que haviam traçado São Francisco e Santa Clara. Depois de oito anos de vida religiosa foi eleita abadessa unanimemente. Durante quarenta anos Mattia foi a zelosa superiora das Clarissas, iluminada guia espiritual e ao mesmo tempo sagaz administradora. Possuía as qualidades aparentemente contraditórias de uma grande mística e de uma sábia organizadora. Confiando na divina Providência, com ofertas da população e de sua família, reconstruiu desde os fundamentos da igreja até o mosteiro.
A vida interior da Beata Mattia se modelou sobre a Paixão do Senhor. Por muitos anos todas as sextas-feiras sofreu dores e numerosos arroubamentos. Foi uma mulher de governo que as virtudes contemplativas unia às virtudes práticas. Manteve-se também em contato com o mundo, sabendo dizer uma palavra de consolo, ajuda e exortação aos muitos que ajudava na medida das possibilidades e ainda a indigentes e pobres. Um menino estava a ponto de morrer como conseqüência de uma queda. A mãe, desesperada, o levou à Beata Mattia que, depois de rezar o tocou com a mão e o restituiu são e salvo à sua mãe. E se contam dela muitos outros prodígios.
Em 28 de dezembro de 1320, depois de ter exortado e abençoado pela última vez a suas queridas coirmãs, morreu serenamente aos 85 anos, deixando atrás de si uma doce recordação, que logo se transformaria em culto, o qual confirmaria Clemente XIII, ao beatificá-la em 27 de julho de 1765.

Bem-aventurada Mattia de Nazarei, rogai por nós!