Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior – Christo Nihil Praeponere

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Um espírita é ou não um cristão?

Um cristão, por definição, é alguém que aderiu ao cristianismo. Cristianismo, por sua vez, é a “religião da ‘Palavra’ de Deus, não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo”, ensina o Catecismo da Igreja Católica.
Ora, para ser definido como cristão, uma pessoa tem que obrigatoriamente crer nas verdades proclamadas pela fé cristã, ou seja, precisa crer que Jesus é Deus e não um espírito-guia; precisa crer que Deus se fez homem e não que é um espírito que encarnou-se; precisa crer que Jesus ressuscitou dos mortos e não que apenas o espírito de Jesus apareceu após a sua morte. É preciso crer que as Sagradas Escrituras contém mais do que valores morais ou regras de boa convivência. Para os cristãos, pelas Sagradas Escrituras “Deus fala ao homem à maneira do homem.” (CIC 109)
Além de crer nas verdades cristãs, um cristão autêntico não pode crer no que a Igreja claramente condena. E a condenação da Igreja Católica ao espiritismo não é recente, pelo contrário. Em 403, Justiniano proclamou um edito ao patriarca Menas de Constantinopla, referindo-se às sugestões de Orígenes:
Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistem, no sentido de serem, anteriormente, mentes e forças santas que se desgastaram da visão divina e se voltaram para o pior e por isto se esfriaram no amor a Deus, tomando daí o nome de almas, e que por punição foram mandadas para os corpos embaixo, seja anátema. (DH 403)
Portanto, afirmar que um espírita não pode ser considerado um cristão é apenas fazer valer o óbvio: não pode ser cristão porque não crê nas verdades cristãs. Trata-se de interpretar o conceito de cristão em seu sentido estrito, técnico e restrito: eles não são cristãos porque não creem que Jesus é Deus e nem que ele ressuscitou.

Fonte: http://padrepauloricardo.org

Somos chamados a ajudar jovens a sintonizar voz de Cristo

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Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ), Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb, divulgou nesta quinta-feira, 30, uma carta aos párocos e administradores paroquiais por ocasião do mês da Bíblia, celebrado pela Igreja Católica, neste mês de setembro, em todo o país.
Dom Eduardo destaca que “o desafio para o jovem, assim como para todos os que aceitam Jesus como caminho, é escutar a voz de Cristo em meio a tantas outras vozes”, e que todos somos chamados a auxiliar os jovens a “sintonizar a voz de Cristo”.
“Deixemos o Ressuscitado alcançar-nos para, uma vez apaixonados pela sua Voz, irmos ao encontro de tantos adolescentes e jovens desanimados pelas estradas de Emaús. Maria nos auxilie a sermos, não somente homens ‘de palavra’; mas homens sacerdotes “da” Palavra! Os jovens esperam isto de nós”, destaca Dom Eduardo na carta.

Leia, abaixo, a carta na íntegra:
Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros
“E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele” (Lc 24, 27). Que bom! Não caminhamos sozinhos! O Ressuscitado sempre nos rejuvenesce ao nos alcançar e nos recordar a aliança do amor incondicional de Deus por nós que não nos permite cair no desânimo, no individualismo e na omissão. Sua Palavra e presença nos conduzem a uma profunda comunhão com Ele e com os irmãos que caminham ao nosso lado. A passagem bíblica dos “Discípulos de Emaús” nos fortalece para a vida e nos compromete na missão de especiais comunicadores da Palavra aos jovens.
“Quereis, com dignidade e sabedoria, desempenhar o ministério da Palavra,
proclamando o Evangelho e ensinando a fé católica? Quero!” (Rito da Ordenação)
Deparamo-nos com a desafiadora realidade circundante, muitas vezes contrária e apática à mensagem do Evangelho. Que luta e ousadia!
“O desafio para o jovem – assim como para todos os que aceitam Jesus como caminho – é escutar a voz de Cristo em meio a tantas outras vozes” (Doc. 85, 60). Como ajudar as novas gerações, influenciadas por inúmeras propostas e orientações, na escuta dessa voz libertadora? Aos ruídos dos questionamentos existenciais se somam os diversos problemas socioculturais, bem como o agitado universo midiático no qual o jovem se encontra, se forma e se relaciona.
Esta realidade, no entanto, não nos desanima! As contradições da pós-modernidade nos mostram um dado interessante: há uma significativa abertura para se acolher a Palavra de Deus. Os jovens de hoje, quando acompanhados e bem formados, se predispõem a escutá-la, estudá-la e acolhê-la radicalmente.
Somos chamados a auxiliar os jovens a sintonizar a voz de Cristo! Como evangelizamos nesta mudança de época? Conhecemos as buscas e linguagens juvenis para comunicar-lhes a Palavra de Deus? Nossos espaços juvenis favorecem o contato com a Bíblia, seu estudo e oração? Nossos catequizandos são atraídos pela força da Palavra? Nossas homilias e palestras são porto seguro e incentivo missionário às novas gerações? As Sagradas Escrituras iluminam as relações familiares? Auxiliamos os jovens a se conectarem com Deus e a se capacitarem para a missão de serem evangelizadores de seus irmãos?
Abramo-nos para este novo mês, tão rico de celebrações e oportunidades de amadurecimento da vida cristã! A Exaltação da Santa Cruz (dia 14) e a Festa de Nossa Senhora das Dores (dia 15) nos recordam a força da Palavra de Deus presente na Peregrinação dos Símbolos da JMJ que percorrem o país. Os preparativos para a festa da padroeira Nossa Senhora Aparecida, a celebração da abertura do Ano da Fé e do Dia Nacional da Juventude, que acontecem em outubro, sejam iluminados pelas Sagradas Escrituras.
Setembro: Mês da Bíblia. Deixemos o Ressuscitado alcançar-nos para, uma vez apaixonados pela sua Voz, irmos ao encontro de tantos adolescentes e jovens desanimados pelas estradas de Emaús. Maria nos auxilie a sermos, não somente homens ‘de palavra’; mas homens sacerdotes “da” Palavra! Os jovens esperam isto de nós.
“Particularmente as novas gerações têm necessidade de ser introduzidas na Palavra de Deus ‘através do encontro e do testemunho autêntico do adulto, da influência positiva dos amigos e da grande companhia que é a comunidade eclesial’” (Verbum Domini, 97)
“Que a graça esteja com todos os que amam nosso Senhor Jesus Cristo, em fidelidade”. (Ef 6,24)
Com estima e orações,

Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ)

Fonte: http://www.cancaonova.com

Ecumenismo será tema do encontro do Papa com seus ex-alunos

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A partir de quinta-feira, 30, até segunda, 3, os ex-alunos do Prof. Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, se reunirão para o tradicional encontro anual de verão, em Castel Gandolfo. O grupo é formado por docentes religiosos e leigos que discutiram teses nos anos em que Bento XVI foi professor.
A 36ª edição do encontro terá a presença, dentre outros, dos Cardeais Christoph Schoenborn, Presidente da Conferência Episcopal Austríaca, e Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Ecumênico. Também estará lá o bispo evangélico Ulrich Wilckens, que traduziu e comentou o Novo Testamento e cujas obras têm grande importância para o ecumenismo.
O encontro deste ano terá como título “Resultados ecumênicos e questões de diálogo com o Luteranismo e o Anglicanismo”, e será inspirado no livro do Cardeal Walter Kasper, Presidente emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Os participantes serão acolhidos na manhã de sábado pelo Papa, que participará do dia de trabalhos. Domingo, 2, o grupo estará no pátio da residência, para a oração do Angelus. O encontro se encerrará oficialmente segunda, 3, depois da celebração da missa.
O primeiro encontro do Prof. Ratzinger com seus doutorandos foi depois de sua nomeação como arcebispo de Munique e Frisinga, em 1977. Desde então, o evento se repete a cada ano, centrado em um tema escolhido pelo Pontífice dentre uma terna de propostas.

Fonte: http://www.radiovaticana.org

 

 

 

Não há formação integral sem o ensino religioso

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Às portas do novo ano letivo no hemisfério norte, os alunos da Itália poderão escolher ou não uma matéria entre as tantas que vão estudar: o ensino da religião católica (IRC, na sigla em italiano).
A IRC, naquele país, é regulada pelos Pactos Lateranenses e pelas posteriores alterações aprovadas por acordos entre a Igreja Católica e o Estado italiano.
Sobre este assunto, existe desde sempre um debate ardoroso: há quem questione a presença da religião ao lado das outras matérias, assim como a sua legitimidade no programa de estudos de um Estado laico e a sua oportunidade, já que muitos estudantes pertencem a outras religiões ou não se identificam com nenhuma.
Para compreender a presença do ensino religioso entre as atividades educacionais, precisamos avaliar qual é o objetivo geral da escola.
A instituição de ensino tem o dever de abrir os olhos dos alunos sobre o mundo à sua volta. E a experiência religiosa faz parte do mundo. Se queremos para os nossos alunos uma educação integral, completa, não podemos deixar de fazê-los refletir sobre este aspecto importante e decisivo da realidade: os homens de todos os tempos e de todos os lugares aderiram a alguma religião e ela determinou os seus costumes e os seus modos de vida, a ponto de que, nas línguas latinas, as palavras “culto” e “cultura” são diretamente relacionadas.
Uma vez aceito que a IRC faz parte das atividades de formação dos alunos, questiona-se o porquê de uma educação religiosa confessional. Ao contrário do que se acredita, o fato de que a IRC seja gerida pela Igreja Católica e pelo Estado italiano não é uma anomalia no cenário europeu.
A educação religiosa, presente em quase todos os países membros da União Europeia, é conjuntamente gerida pelos Estados e pelas comunidades religiosas mais difundidas em cada país. A laicidade não significa ateísmo. Bem entendida, ela respeita o fator religioso, e, num Estado laico, apesar de diferentes, religião e política podem trabalhar juntas pelo bem comum. O ensino religioso deve ser visto nesta lógica. Este princípio também é consagrado na constituição italiana, que afirma que Igreja e Estado são independentes e soberanos.
A religião católica é a tradição mais comum e difundida na Itália, e o Estado italiano a reconhece como parte integrante do seu patrimônio cultural. Daí a oportunidade de torná-la mais conhecida entre os alunos. O catolicismo influenciou ao longo dos séculos a civilização ocidental inteira, em especial a italiana, e certamente seria difícil entender sem ele clássicos como A Divina Comédia e Os Noivos, ou uma pintura de Caravaggio ou de Giotto.
Isto é verdade tanto para os estudantes italianos quanto para os estrangeiros que vivem no país. Os alunos que pertencem a outras tradições religiosas podem participar da IRC, que não se confunde com catequese. Esses alunos têm a oportunidade de estudar a religião católica sem aderir a ela, o que pode ser uma oportunidade suplementar de integração. Ao mesmo tempo, para os estudantes católicos, a presença de alunos de outras religiões na aula de religião católica pode ser uma grande oportunidade para o debate.

Fonte: http://www.zenit.org

 

 

 

Pastoral da Sobriedade promove o encontro “Todos na Prevenção ao tabagismo”

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Em alusão ao dia 29 de agosto, Dia Nacional Contra o Fumo, a Pastoral da Sobriedade do Regional Nordeste 1 da CNBB (Ceará) promoveu um encontro de formação com o tema “Todos na Prevenção ao Tabagismo”.
Dia 26 de agosto aconteceu o encontro de formação para os agentes e amigos da sobriedade no estado do Ceará, que contou com o apoio da Secretaria de Saúde do estado, representado por Eurice Marques e Iranilza de Oliveira, integrantes do núcleo de tabagismo do Ceará. Esta formação foi a primeira em nível Regional e contou com a participação de cerca de 60 agentes de todas as diocese do Regional.
A coordenação lançou neste evento o cartaz do Projeto Prevenir, que tem o objetivo de abranger não só a arquidiocese de Fortaleza mais todas as nove diocese do Regional.
A primeira diocese contemplada com este projeto será a diocese de Tianguá, que nos dias 15 a 20 de setembro, contará com uma capacitação, seminários e palestras nas escolas sobre o projeto que tem como objetivo capacitar os agentes para que eles possam dar continuidade nas ações de prevenção da diocese.
Para agendamentos de datas, as dioceses podem entrar em contato com a coordenação do projeto nos telefones (85) 8687-9628 / 97547152.

Fonte: http://www.cnbb.org.br

 

 

 

Evangelho – Mt 25,1-13

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+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus, a seus discípulos, esta parábola: “O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um grito: “O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!” Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. As imprevidentes disseram às previdentes: “Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando.” As previdentes responderam: “De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores”. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: “Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!” Ele, porém, respondeu: “Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!” Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora.
Palavra da Salvação.

 

 

 

São Raimundo Nonato

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Hoje, celebramos a vida do santo que se tornou modelo para todo vocacionado à santidade e ao resgate das almas. Por ter encontrado dificuldades para vir à luz, é invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras (seu nome significa “não nascido” porque foi extraído vivo das entranhas da mãe já morta). São Raimundo Nonato nasceu na Espanha, em Portel, na diocese de Solsona (próximo a Barcelona) no ano de 1200. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo. Conta-se que, durante as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho.
Desde jovem, Raimundo Nonato percebeu sua inclinação à vida religiosa. Seu pai buscou, sem êxito, impedi-lo de corresponder ao chamado vocacional. Ao entrar para a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, pôde receber do fundador: São Pedro Nolasco, o hábito. Assim, tornou-se exemplo de ardor na missão de resgatar das mãos dos mouros, os cristãos feito escravos.
Certa vez, São Raimundo conseguiu liderar uma missão que libertou 150 cristãos, porém, quando na Argélia acabaram-se os recursos para o salvamento daqueles que corriam o risco de perderem a vida e a fé, o Missionário e Sacerdote Raimundo, entregou-se no lugar de um dos cristãos. Na prisão, Raimundo pregava para os muçulmanos e cristãos, com tanta Unção que começou a convertê-los e desse modo sofreu muito, pois chegaram ao extremo de perfurarem os seus lábios com um ferro quente, fechando-os com um cadeado.
Foi mais tarde libertado da prisão e retornou à Espanha. São Raimundo Nonato, morreu em Cardona no ano de 1240 gravemente doente. Não aguentou atingir Roma onde o Papa Gregório IX queria São Raimundo como Cardeal e conselheiro.
O seu corpo foi descansar na mesma ermida de São Nicolau em que orava nos seus anos de pastor.
São Raimundo Nonato, rogai por nós!

 

 

 

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior – Christo Nihil Praeponere

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O verdadeiro espírito do Concílio Vaticano II

Padre Paulo Ricardo começa com este episódio uma séria de vídeos sobre o verdadeiro espírito do Concílio Vaticano II e desmascara as artimanhas dos modernistas que tentaram raptar o Concílio.
Em 2012, o Concílio Vaticano II completará 50 anos e, por isso, o Papa Bento XVI inaugurará no mês de outubro o Ano da Fé. Algumas pessoas não concordam com essa atitude do Papa, pois não entendem que exista algo a ser comemorado. Os avanços trazidos pelo CVII não são motivo de alegria para muitas pessoas. Outras, pensam que se trata de uma incoerência, uma vez que em contraposição com os “novos ventos” conciliares, o Papa reafirma aos fiéis a necessidade de se estudar o Catecismo da Igreja Católica, o último e grande documento do CVII, que traz em seu bojo nada mais que a dureza da Doutrina. Nem uma coisa nem outra.
O Bem Aventurado Papa João XXII no seu discurso de inauguração do próprio CVII afirmou que “o que mais importa ao concílio ecumênico: que o depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz”. E ainda: “para que esta doutrina atinja os múltiplos níveis da atividade humana (os indivíduos, a família, a vida social) é necessário primeiramente que a Igreja não se aparte do patrimônio sagrado da Verdade recebido dos seus maiores”, essa afirmação é muito clara em seu objetivo, portanto, ninguém deve querer inventar uma nova fé. E ele não para por aí: “Ao mesmo tempo, deve também olhar para o presente, para as novas condições e formas de vida introduzidas no mundo hodierno que abriram novos caminhos ao apostolado católico”. Esta é a finalidade do CVII.

Fonte: http://padrepauloricardo.org

Escravos por amor a Jesus Cristo – Faça-se em mim segundo a vossa palavra

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“Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado” (Mt 23, 12).
Estas palavras de Jesus nos colocam diante de uma realidade fundamental acerca de nossa vocação. Como cristãos, somos chamados a acolher a cruz de Cristo em nossas vidas. Ele se humilhou, assumindo a condição de escravo, cuja vida não pertence a si mesmo, mas ao seu senhor. Como Ele, somos chamados a assumir o “ser servo”. Para refletir sobre este tema, é muito importante olharmos para a mãe do Servo Sofredor, para a Virgem Maria.
Na Anunciação de que Nossa Senhora seria a Mãe de Jesus (cf. Lc 1, 31), ela responde ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a vossa palavra” (Lc 1, 38). Maria não somente se disse serva, mas se coloca a serviço de sua prima Isabel. Depois da resposta de Maria ao anúncio do anjo, ela visitou sua prima, a qual estava grávida de João Batista. Ao ouvir a saudação de Maria, Isabel ficou cheia do Espírito Santo e disse: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc, 1, 42b).
Maria tinha acabado de chegar. Nem mesmo havia se colocado a serviço e foi exaltada pela saudação de Isabel. Esta declara Maria como a bem-aventurada, a realizada pelo fato de ter acreditado no anúncio do anjo: “Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1,45). Mais ainda, Isabel profetiza o cumprimento da anunciação feita pelo anjo.
Depois das palavras inspiradas de Isabel, em Nossa Senhora, no cântico do “Magnificat”, realiza-se a profecia de Isabel. Maria experimenta, naquele momento, a exaltação de Deus: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1, 47-48a). Maria foi exaltada logo depois no anúncio do anjo, porque se fez humilde, fez-se serva do Senhor. Cheia do Espírito, Maria profetiza a exaltação que lhe será dada até o fim dos tempos: “Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz” (Lc 1, 48b).
Como a Virgem Maria, que se fez serva, fez-se escrava do Senhor, somos chamados também a nos fazer servos, escravos por amor do Senhor. Acolhendo com humildade o desígnio de Deus para nós, o Senhor nos promete que seremos exaltados: “quem se humilhar será exaltado” (Mt 23, 12). Certamente, esta exaltação acontece aqui, ainda que não conforme a nossa vontade, e acontecerá plenamente na glória da Jerusalém celeste, onde estaremos na comunhão definitiva com a Santíssima Trindade, a Virgem Maria, os anjos e os santos.

Fonte: http://www.cancaonova.com

 

 

 

“Rezar não é perder tempo!” – lembra o Papa no encontro com os fiéis

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Nesta última quarta-feira do mês de agosto, a Igreja recorda a memória litúrgica do martírio de São João Batista, o único santo do qual se celebra o nascimento, em 24 de junho, e a morte, por meio do martírio.
Este foi o tema do encontro do Pontífice com os peregrinos e turistas que foram a Castel Gandolfo para a audiência geral. Em sua catequese, Bento XVI lembrou que a memória do Santo é muito antiga: as primeiras provas de seu culto datam do IV século.
As referências históricas no Evangelho bem ilustram a relação de João Batista com Jesus. Lucas, por exemplo, narrou o nascimento, a vida no deserto, a pregação; enquanto Marcos nos falou de sua dramática morte.
De fato, num gesto final, João Batista testemunhou com o sangue sua fidelidade aos mandamentos de Deus, sem ceder ou retroceder, realizando sua missão até o fim. Ele não se limitou a pregar a penitência, mas teve a humildade de indicar Jesus como “Enviado de Deus”, colocando-se de lado para que o Senhor pudesse crescer, ser ouvido e seguido.
Depois desta introdução, Bento XVI perguntou aos fiéis:
“De onde nasceu esta vida tão dedicada a Deus?”. “A resposta é simples” – disse o Papa: “da oração, fio condutor de toda existência”.
João foi um dom divino, pois Zacarias e Isabel não podiam ter filhos, eram idosos e Isabel era estéril. “Mas nada é impossível para Deus”, e o anúncio do nascimento do menino aconteceu justamente quando seu pai entrava no templo de Jerusalém, o templo da oração.
Enfim, toda a existência do Precursor de Jesus, especialmente o período passado no deserto, foi alimentada por seu relacionamento com Deus. O deserto era um lugar de tentações, mas ao mesmo tempo, onde o homem sentia a sua própria pobreza, onde não encontrava apoio e nem certezas materiais, e onde compreendia que sua única referência sólida era sempre Deus.
Terminando sua catequese, o Papa recordou que “o exemplo de João Batista nos diz que não podemos ‘negociar’ nosso amor por Cristo, por Sua Palavra e pela Verdade.
“A vida cristã exige o ‘martírio’ da fidelidade cotidiana ao Evangelho, a coragem de deixar que Cristo cresça em nós, oriente nossos pensamentos e atitudes”.
“Mas – ressaltou o Papa – isso só pode acontecer se nossa relação com Deus for sólida. Rezar não é perder tempo, não é roubar tempo de outras atividades; mas é o contrário: se formos capazes de manter uma vida de oração fiel, constante, o próprio Deus nos dará a capacidade e a força para viver de modo feliz, superar as dificuldades e testemunhá-Lo com coragem”.
Encerrada a catequese, Bento XVI passou a saudar a multidão em várias línguas, como o português:
“Amados peregrinos de Portugal e do Brasil, e demais pessoas de língua portuguesa, sede bem-vindos! Uma saudação particular aos fiéis de Chã Grande, Natal e do Rio de Janeiro. Que o exemplo e a intercessão de São João Batista vos ajudem a viver a vossa entrega a Deus sem reservas, sobretudo por meio da oração e da fidelidade ao Evangelho, para que Cristo cresça em vós, guiando os vossos pensamento e ações. Com estes votos, de bom grado a todos abençôo”.
Devido ao grande número de fiéis, a audiência da manhã desta quarta-feira se realizou na Praça da Liberdade, na frente da residência pontifícia. Em meio às centenas de grupos de vários países, vieram da França cerca de 2.600 participantes da peregrinação nacional dos ministrantes da França, liderada por dez bispos e uma centena de sacerdotes e seminaristas, provenientes de metade das dioceses do país.
A peregrinação tem o tema “Servir o Senhor, alegria do homem, alegria de Deus”, e aos coroinhas, o Papa fez uma saudação especial:
“Queridos jovens, o serviço que vocês fazem tão fielmente lhes permite estar particularmente perto de Jesus Cristo na Eucaristia. Vocês têm o enorme privilégio de estar perto do altar, perto do Senhor. Sejam cientes da importância deste serviço para a Igreja e para si mesmos. Que este seja uma oportunidade para você crescerem na amizade e no relacionamento pessoal com Jesus. Não tenham medo de comunicar com entusiasmo a quem está ao seu redor a alegria que recebem de Sua presença! E se um dia vocês ouvirem seu chamado para segui-lo no caminho do sacerdócio ou da vida religiosa, respondam com generosidade!”.

Fonte: http://www.radiovaticana.org

 

 

 

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