Abrir as portas a Cristo

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“Aprite le porte a Cristo” (Abrir as portas a Cristo), composto por Mons. Marco Frisina para a Beatificação do Servo de Deus João Paulo II que acontecerá em Roma amanhã, dia 1º de Maio de 2011.

Celebração da Eucaristia era o coração das viagens de João Paulo II

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“Ofereceu o seu corpo pela Igreja, para levar a unidade e a comunhão entre todos os fiéis, em todo mundo”. O presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, Arcebispo Piero Marini, recorda assim João Paulo II. Uma visão de quem esteve ao seu lado, de fevereiro de 1987 até seu falecimento, como Mestre das Celebrações Litúrgicas.
“Era um celebrante exemplar da Eucaristia. Realmente, eram momentos de comoção, muitas vezes cheguei às lágrimas, vendo na África, na Ásia, toda aquela gente que celebrava com o Papa, que se aproximava dele. Vi em todo o mundo aquela que era a liturgia que o Vaticano II queria na redescoberta daquele povo, santo, sacerdotal, do povo de Deus”, destaca Dom Marini.
O Arcebispo ressalta a grande intimidade que João Paulo II tinha na oração e como ele amava os sacramentos. Era um homem que amava os sinais e não tinha vergonha de ajoelhar-se. Não se preocupava com o que os outros pudessem dizer. João Paulo II transformou a sacristia pontifícia em um lugar de oração, lá ele sempre se ajoelhava  antes e depois da Missa.
Dom Marini conta que João Paulo II amava cantar e que ele o acompanhava na sacristia antes das celebrações. “Via-se também na celebração momentos de intimidade com o Senhor. Por exemplo, depois da comunhão, ele permanecia sempre absorto em oração, enquanto todos esperavam por ele”, conta.
Karol Wojtyla era um homem também de grande sensibilidade para a participação dos fiéis. Para ele, a participação dos fiéis na Missa era uma inculturação. “Era convicto, convencendo a mim também, que não era possível participar da Missa sem inculturar a liturgia, exprimindo-a em cada cultura. Assim, permanece para mim um exemplo desse Pastor sobre o qual falou o Concílio Vaticano II, que é o bispo o grande pastor do seu rebanho, sobretudo na celebração dos grandes mistérios. E ele fez todas essas viagens justamente para celebrar a Eucaristia. Era o coração de todas as viagens”, enfatiza Dom Marini.
Centenas de celebrações, dezenas de viagens apostólicas em todo o mundo. Para o Arcebispo, entre as celebrações que mais lhe marcaram está aquela realizada em Miami, quando um tornado se aproximava e eles tiveram que interromper a Missa e continuá-la num trailer.
“Lembro-me de uma Missa celebrada em Corrientes em meio a uma tempestade tropical e as pessoas estavam com água até os joelhos, tivemos que mudar o altar de lugar durante a Missa três ou quatro vezes buscando um lugar que não chovia”, conta ainda.
Outra celebração que ficou gravada na memória dele foi aquela realizada em Sarajevo, na Bósnia, onde era possível perceber o sofrimento do Papa durante a celebração. “Os tremores de frio se juntavam àqueles do mal de Parkinson”, lembra.
Dom Marini lembra ainda quando celebrou com o Papa João Paulo II no Hospital Gemelli, lugar onde ficou internado até pouco antes de sua morte. “Estava doente sob um leito. Vi, realmente, naquele momento, a participação no sacrifício de Cristo. Tenho esse momento no coração como uma das recordações mais belas”.
A grande vida de fé de Karol Wojtyla deixou para a Igreja muitas graças e dons. Para o presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, o carisma da unidade e da comunhão da Igreja são os mais importantes.
“Aquilo que os papas nos primeiros séculos faziam em Roma, o Papa fez para toda Igreja e se tornou, realmente, o centro, o elemento da comunhão de toda Igreja. Colocou-se fisicamente à disposição da Igreja e de todas as pequenas comunidades para dizer ‘somos uma só Igreja, somos um povo em caminho, devemos viver na comunhão, unidos pela mesma’. Eis para mim a interpretação das suas viagens que, ainda hoje, creio, seja necessário ter presente”, ressalta.
Dom Marini recorda ainda a última vez que se encontrou com  João Paulo II, dois dias antes de sua partida para o Céu. “Uma lembrança que me comove foi quando o saudei pela última vez. Na quinta-feira, ao meio dia, fui saudá-lo e no sábado estava morto. Não podia falar e para me saudar me deu a sua mão, segurou minha mão e ficamos assim, apenas nos olhando nos olhos. Essa é a recordação mais bela que tenho dele, de suas mãos que se colocaram sobre a minha cabeça no dia da minha ordenação”.
João Paulo II era um Papa próximo a todos, um Papa que queria abraçar todos, um Papa movido pelo amor ao homem, pelo amor ao Evangelho e pelo anúncio da Palavra de Deus.

Fonte: http://www.cancaonova.com

COMITIVA BRASILEIRA CHEGA PARA A BEATIFICAÇÃO

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A comitiva brasileira chefiada pelo vice-presidente Michel Temer, está em Roma para a beatificação de João Paulo II. Na noite desta sexta-feira, o embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, convidou os representantes do governo brasileiro para um jantar de recepção à comitiva e, principalmente, em homenagem a João Paulo II.
Entre os religiosos, estavam presentes o arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor de Azevedo, o ex-primaz do Brasil, Dom Geraldo Magela, o arcebispo emérito de Belo Horizonte, Cardeal Serafim Fernandes de Araújo, o arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno e também o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer.
Ao final da cerimônia, o vice-presidente concedeu entrevista exclusiva à Rádio Vaticano.
“O Brasil é um país em que a grande maioria é católica de modo que não poderia deixar de mandar um representante. Aliás, a primeira hipótese seria de vir a presidente Dilma Rousseff, mas que em razão dos últimos acontecimentos no Brasil e uma série de reuniões importantíssimas, não pode comparecer e pediu-me que visse chefiando essa delegação. Essa é uma homenagem a alguém que, no futuro, será Santo, em face da canonização iniciada agora pela beatificação. Acho que foi santo enquanto viveu”, afirmou Temer.

Primeiro papa a pisar em solo brasileiro

Em 1997, enquanto era presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer teve a oportunidade de receber João Paulo II em uma de suas visitas ao Brasil, no Rio de Janeiro.
“A primeira impressão que eu tive – e tenho que seja também a sensação do povo brasileiro – é de alguém que tinha uma serenidade, no olhar, no gesto, nas palavras. Eu acho que ele deixou essa sensação, a sensação de uma grande liderança. A Igreja Católica também precisa de grandes líderes para divulgar seus ensinamentos e o papa João Paulo II fez muito adequadamente este papel”, disse o vice-presidente.
Ao final da entrevista, o vice-presidente mandou uma mensagem ao povo brasileiro.
“Que a beatificação se espalhe como uma benção para todo o povo brasileiro. Que o povo brasileiro continue como é hoje, muito otimista, muito confiante, e a confiança deriva muito da fé e a fé é algo que só a religião nos ensina. Então que o ato da beatificação seja também uma benção par ao povo brasileiro”, concluiu Michel Temer.

Fonte: Rádio Vaticano.

ABERTO TÚMULO DE JOÃO PAULO II

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No início da manhã desta sexta-feira, diante de 12 pessoas, na cripta vaticana, o túmulo de João Paulo II foi aberto e retirado o caixão que abriga seu corpo.

A terceira, das três caixas que protegem o corpo do pontífice, surgiu aos olhos dos presentes. É de madeira clara. Ficou na memória de muitos através das imagens do funeral, com o Evangelho apoiado em cima, com as páginas ao vento.

O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou hoje, em uma concorrida coletiva de imprensa no Vaticano, que no caixão há uma inscrição em latim afirmando que se trata do corpo de João Paulo II, de 84 anos, 10 meses e 15 dias, cabeça da Igreja universal durante 26 anos, 5 meses e 17 dias; e a data: ‘Anno Domini 2005’.

Na abertura do túmulo, entre outros representantes eclesiais, estavam o cardeal Angelo Comastri, e os monsenhores Giuseppe D’Andrea e Vittorio Lanzani, pela Basílica e o Capítulo de São Pedro. Junto a eles, os cardeais Tarcisio Bertone – secretário de Estado –, Giovanni Lajolo – presidente do Governo do Estado da Cidade do Vaticano –, Stanislao Dziwisz – arcebispo de Cracóvia e ex-secretário pessoal de João Paulo II –.

O cardeal Comastri entoou o canto das ladainhas da Virgem, enquanto durante um breve percurso o caixão, coberto com um lençol branco, foi acompanhado pelos presentes até o túmulo de São Pedro, ainda na cripta vaticana.

O caixão permanecerá na cripta até a manhã de domingo, quando será levado à Basílica de São Pedro, ante o altar central. Ali Bento XVI e, em seguida, os fiéis poderão prestar homenagem ao falecido pontífice.

O cardeal Bertone recitou na manhã de hoje uma breve oração que concluiu a operação de abertura do túmulo de João Paulo II. A grande lápide sepulcral que fechava até agora o túmulo será enviada à Cracóvia, para uma igreja dedicada ao beato.

A colocação definitiva do corpo de João Paulo II sob o altar da capela de São Sebastião, dentro da Basílica de São Pedro, acontecerá no final da tarde de 2 de maio, após o fechamento da Basílica.

Fonte: http://www.zenit.org

O milagre que tornou possível a beatificação de João Paulo II

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A cura inexplicável de uma religiosa francesa que sofria de mal de Parkinson abriu o caminho para a beatificação do Papa João Paulo II, morto em 2005 após um longo calvário provocado justamente pelas conseqüências da doença.

A freira francesa, Marie Simon-Pierre, enfermeira de profissão, segundo a Congregação para a Causa dos Santos, curou-se inexplicavelmente depois de orações e pedidos dirigidos a João Paulo II, poucos meses após a morte do pontífice.
Para a beatificação, primeiro passo, no longo caminho até a canonização, é demonstrar que o candidato a santo intercedeu por um milagre.

Coincidência

Marie Simon-Pierre, na época com 40 anos, trabalhava em um hospital de Aix-en-Provence, no sul da França, quando foi diagnosticada em 2001 com Parkinson.
Em 2007, a religiosa decidiu contar à imprensa como havia melhorado “milagrosamente” depois que a doença se agravou, em 2005, ano da morte de João Paulo II.
Após dias de rezas e pedidos de toda a comunidade ao papa polonês, Marie Simon-Pierre conta ter deixado de sentir os sintomas da doença na madrugada entre os dias 2 e 3 de junho.
“Eu me senti completamente transformada. Senti que estava curada”, contou.
O caso da freira, que viu João Paulo II uma única vez em 1984, foi submetido à análise da Congregação da Causa dos Santos, que examinou e aprovou o milagre, após consultas junto a um conselho de especialistas médicos e teólogos.
O processo sofreu atrasos porque a congregação vaticana fez questão de considerar qualquer possível objeção, submetendo o caso a vários peritos.
De acordo com Dom Slawomir Oder, encarregado da documentação para a canonização de João Paulo II, a religiosa enferma seguiu o conselho de sua madre superiora, que sugeriu que ela escrevesse em um pedaço de papel o nome de João Paulo II.
Depois de uma “súplica extrema” e ao longo de uma “noite de pregação”, Marie Simon-Pierre teria então se curado, segundo Oder, destacando que entre os documentos que comprovam o milagre estão exemplos da caligrafia da religiosa antes e depois da cura misteriosa.
“A mudança na letra é impressionante: de ilegível a normal”, afirmou.

Ciência

Para não deixar dúvidas sobre a confiabilidade de seu depoimento, a religiosa se submeteu também a um exame psiquiátrico, contou Oder.
O prelado explicou ter escolhido o milagre da francesa entre outros atribuídos a João Paulo II para demonstrar que o papa sentia na própria pele “a batalha pela dignidade da vida”. Em 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI aprovou “as virtudes heroicas” de Karol Wojtyla.
O processo de beatificação foi iniciado por Bento XVI dois meses depois da morte de seu predecessor, um prazo excepcionalmente breve.
Durante as dezenas de homenagens fúnebres a João Paulo II na praça de São Pedro, em Roma, milhares de fiéis clamaram pela canonização do pontífice.
Uma vez beatificado, é preciso provar que João Paulo II intercedeu em um segundo milagre para que seja canonizado.

Fonte: http://www.cnbb.org.br

Evangelho – Mc 16,9-15

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+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos
Depois de ressuscitar,
na madrugada do primeiro dia após o sábado,
Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena,
da qual havia expulsado sete demônios.
Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus,
que estavam de luto e chorando.
Quando ouviram que ele estava vivo
e fora visto por ela, não quiseram acreditar.
Em seguida, Jesus apareceu a dois deles,
com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo.
Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros.
Também a estes não deram crédito.
Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos
enquanto estavam comendo,
repreendeu-os por causa da falta de fé
e pela dureza de coração,
porque não tinham acreditado
naqueles que o tinham visto ressuscitado.
E disse-lhes:
“Ide pelo mundo inteiro
e anunciai o Evangelho a toda criatura!
Palavra da Salvação.

São José Benedito Cottolengo

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Hoje, lembramos São José Benedito Cottolengo que nasceu em Bra, na Itália, onde desde de pequeno demonstrou-se inclinado à caridade. Com o passar do tempo e trabalho com sua vocação, tornou-se um sacerdote dos desprotegidos na diocese de Turim.
Quando teve que atender uma senhora grávida, que devido à falta de assistência social, morreu em seus braços; espantado, retirou-se em oração e nisso Deus fez desabrochar no seu coração a necessidade da criação de uma casa de abrigo que, mesmo em meio às dificuldades, foi seguida por outras. Esse grande homem de Deus acolhia pobres, doentes mentais, físicos, ou seja, todo tipo de pessoas carentes de amor, assistência material, físico e espiritual.
Confiando somente nos cuidados do Pai do Céu, estas casas desde a primeira até a verdadeira cidade da caridade que surgiu, chamou-se “Pequena Casa da Divina Providência”. Diante do Santíssimo Sacramento, José Cottolengo e outros cristãos, que se uniram a ele nesta experiência de Deus, buscavam ali forças para bem servir aos necessitados, pois já dizia ele: “Se soubesses quem são os pobres, os servirias de joelhos!”.

Entrou no Céu com 56 anos.

São José Benedito Cottolengo, rogai por nós!

ADMOESTAÇÕES – CAP. 12. ESPÍRITO DO SENHOR QUE DEVE SER CONHECIDO

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1 Assim pode conhecer o servo de Deus se tem o espírito do Senhor: 2 quando o Senhor fizer através dele algum bem, se sua carne não se exaltar por isso, porque é sempre contrária a todo bem, 3 mas se se tiver ainda mais diante dos olhos por mais vil e se estimar como menor do que os outros homens.

Instituições católicas conquistam excelência e reafirmam valores

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A jovem Mariana Guimarães completou o ensino fundamental e médio numa instituição de ensino católica, o que, para ela, foi fundamental na construção de sua formação humana e social. “A educação que recebi lá mudou a minha vida. Todos os valores que aprendia em casa eram vistos na prática com os professores e colegas. Minha formação católica foi um diferencial na minha vida”, destaca Mariana.
O nome de uma universidade católica fez a jovem pensar que lá poderia ter a mesma qualidade de ensino e reafirmação de seus valores onde teoricamente seria a última formação, mas para Mariana, suas expectativas não foram correspondidas.
“Quando entramos numa faculdade católica acreditamos que ela fará jus ao nome. Mas minhas expectativas foram frustradas. Se eu não tivesse me inserido numa pastoral, se quer me daria conta que estudava numa faculdade católica”, conta.
Segundo Mariana, na sala de aula não se via nenhum referencial católico e, por vezes, ela se sentiu até mesmo ferida em discussões com colegas e pela forma como os professores conduziam essas discussões. “Quando havia alguma discussão em relação à Igreja, os próprios professores criticavam ou se omitiam. O que nos era passado é que religião não faria diferença em nossa vida. Quando entramos numa universidade, esperamos que ela corresponda com aquilo que ela se intitula”, ressalta a recém graduada em Direito.
Para a jovem católica, os professores deveriam entender que muitos alunos chegam na universidade com essa expectativa e que eles esperam ao menos respeito aos valores e à religião que professam. “Eles deveriam tomar cuidado para preservar o título da instituição. No mínimo os valores e os alunos católicos deveriam ser respeitados. A universidade deveria ser coerente com aquilo que ela ostenta”, enfatiza.
O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, reconhece que as instituições católicas, especialmente as de ensino superior, estão perdendo sua característica cristã devido à inserção de linhas de pensamento relativistas.
“É preciso um esforço para que isso seja superado. Nossas universidades e faculdades católicas precisam manter sua identidade. Os estudantes buscam essa instituições por isso e esperam delas determinados valores e referenciais. E é isso que insistimos junto às organizações de ensino superior e aos colégios católicos: que sejam boas, mas não deixem de ser católicas, que manifestem claramente sua identidade naquilo que propõe como ideais e referenciais de educação”, ressalta o cardeal.

Formação integral

Ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), padre Jesus Hortal Sànchez destaca que o desenvolvimento humano é a primeira preocupação dentro da formação católica, em seguida, a formação da cidadania e, por fim, científica para a realização das atividades profissionais.
“Dentro do desenvolvimento da pessoa humana, existem valores transcendentes que dão sentido para a vida humana, dentro disso está o relacionamento com Deus”, ressalta o padre.
Para o ex-reitor e docente, as instituições católicas sempre primaram pela qualidade de ensino e, hoje, definitivamente são reconhecidas por isso, atraindo não apenas alunos católicos, mas aqueles que professam outras religiões e até mesmo ateus. “Isso mostra que a Igreja está em diálogo com a ciência e a cultura, construindo uma verdadeira união entre fé e ciência”, esclarece.
O reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Dirceu de Mello, destaca que os valores fundamentais transmitidos aos alunos são aqueles ligados à pessoa humana, direitos de cada cidadão: direito à vida, ao trabalho, à liberdade de expressão, de ação e do respeito mútuo dentro de uma sociedade republicada e democrática. “Não são apenas valores que transmitimos, mas que praticamos”, enfatiza.
A  estudante Mariana Guimarães destaca que “faz parte também da formação, não ter apenas um pensamento relativista, onde só a formação humana basta, é preciso uma referencial, especialmente numa universidade que se intitula católica”.

Educação católica e as transformação históricas sociais

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo é atualmente uma das principais universidades do Brasil e teve grande papel na defesa dos direitos humanos durante a ditadura militar.
O advogado Pedro Henrique Fiorelli, escolheu para realizar sua graduação numa instituição católica principalmente por seu renome e por ser umas das melhores do país em excelência de ensino.
“O fato de ser católica também motivou minha escolha, mas depois constatei que muitos desses preceitos, em função da característica histórica da universidade, haviam sido deturpados um pouco”, conta Pedro Fiorelli.
Para o jovem advogado, os valores humanos foram transferidos na educação, mas os católicos propriamente não. “Todos os cursos tem em sua grade uma disciplina denominada Introdução ao Pensamento Teologístico, mas até o momento em que eu cursei ela era muito vaga, mas soube que ela foi restruturada”, afirma.
Para Pedro, essa “linha católica” se perdeu devido à  história da instituição, mas a parte humanista foi conservada contrapondo ao prisma positivista da faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo.
“O contexto histórico ‘laiquizou’ a universidade tendo em vista seu posicionamento na época da ditadura”, diz o advogado recordando que muitos pensadores socialistas perseguidos eram acolhidos pela universidade. Porém, segundo ele, a instituição manteve a título “pontifícia” em alguns aspectos. O reitor Dirceu de Mello lembra que, como instituição pontifícia, a PUC-SP  tem como grã-chanceler sempre o Arcebispo de São Paulo, presente em diversos eventos.

“As atividades acadêmicas são inteiramente desobrigadas de qualquer compromisso com a religião católica, isso está inserido no estatuto da universidade. Temos aqui  alunos e professores ateus, judeus… Todos estão aqui. O valor fundamental prestigiado pela universidade é o valor católico, pois ela se criou sob a imposição, iniciativa de um cardeal. Mas todos tem liberdade, desde que no magistérios, por exemplo, os professores não agridam esse valores básicos que são prestigiados em nosso estatuto. Mas a liberdade de cátedra é franca”, ressalta o reitor da PUC-SP.

Dirceu de Mello afirma ainda que se um docente não respeitasse tais valores estariam não só desrespeitando o estatuto da própria instituição, mas “estaria contra a instituição que assegura a liberdade”.

O papel da educação católica no Brasil

O Arcebispo de São Paulo recorda que a Igreja Católica foi pioneira no campo da educação escolástica, antes que o Estado admitisse essa função.
Em todo o Brasil, destaca o cardeal, existem escolas e faculdades católicas que trazendo uma educação de forma integral de acordo com os princípios da antropologia cristã, com o objetivo de oferecer um ensino de bom nível para formar pessoas de forma integral.
“A Igreja possui um organismo que acompanha as instituições católicas, a Congregação para Educação Católica e, no Brasil, temos a Anec (Associação Nacional de Ensino Cristãos) que agrega não apenas instituições católicas, mas todas aquelas cristãs”, esclarece Dom Odilo.

Fonte: http://www.cancaonova.com

BENTO XVI FALA SOBRE SUA AMIZADE COM JOÃO PAULO II

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Estão sendo ultimados os preparativos – em Roma e no Vaticano – para a Beatificação de João Paulo II. Espera-se a participação de centenas de milhares de peregrinos. Na manhã de sexta-feira realizar-se-á, na Sala de Imprensa da Santa Sé, uma coletiva para a apresentação das iniciativas ligadas ao evento.

No sábado à noite, o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, presidirá uma Vigília de oração no “Circo Massimo”, a partir das 20h locais.

No domingo, 1º de maio, Bento XVI celebrará na Praça São Pedro, às 10h locais, a missa em que proclamará Beato João Paulo II. Hoje repropomos uma entrevista concedida por Bento XVI à TV pública polonesa e transmitida em 16 de outubro de 2005, em que falava da sua amizade com João Paulo II, nascida no Conclave de 1978. A entrevista é do jesuíta Pe. Andrea Majewski:

Bento XVI:- “Desde o começo senti uma grande simpatia e, graças a Deus, imerecidamente, o então cardeal concedeu-me desde o início a sua amizade. Sou grato por essa confiança que depositou em mim, sem os meus méritos. Sobretudo vendo-o rezar, vi e não somente entendi, vi que era um homem de Deus. Essa era a impressão fundamental: um homem que vive com Deus, aliás, em Deus. Além disso, impressionou-me a cordialidade com a qual encontrou-se comigo. Sem grandes palavras, nascia assim uma amizade que vinha exatamente do coração e, logo após a sua eleição, o Papa me chamou diversas vezes a Roma para colóquios e, no final, me nomeou Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.”

P. Santo Padre, quais são, a seu ver, os pontos mais significativos do Pontificado de João Paulo II?

Bento XVI:- “Podemos ter, diria, dois pontos de vista: um ad extra – ao mundo – e um ad intra – à Igreja. Em relação ao mundo, parece-me que o Santo Padre, com os seus discursos, a sua pessoa, a sua presença e a sua capacidade de convencer, criou uma nova sensibilidade no que diz respeito aos valores morais, à importância da religião no mundo. Isso fez de modo que se criasse uma nova abertura, uma nova sensibilidade aos problemas da religião, à necessidade da dimensão religiosa no homem e, sobretudo, cresceu – de modo inimaginável – a importância do Bispo de Roma. Todos os cristãos reconheceram – não obstante as diferenças e apesar de nem todos reconhecerem o Sucessor de Pedro – que ele é o porta-voz da cristandade. Nenhum outro no mundo, em nível mundial, pode falar assim em nome da cristandade e dar voz e força, na atualidade do mundo, à realidade cristã. Mas também para a não-cristandade e para as outras religiões ele era o porta-voz dos grandes valores da humanidade. Deve-se também mencionar ter conseguido criar um clima de diálogo entre as grandes religiões e um sentido de responsabilidade comum que todos temos pelo mundo, bem como o sentido de que as violências e as religiões são incompatíveis e de que juntos devemos buscar o caminho para a paz, numa responsabilidade comum pela humanidade. No que diz respeito à situação da Igreja, eu diria que, em primeiro lugar, soube entusiasmar a juventude para Cristo. Essa é uma coisa nova, se pensamos na juventude de 1968 e dos anos Setenta. Somente uma personalidade com aquele carisma poderia conseguir que a juventude se entusiasmasse por Cristo e pela Igreja e também por valores difíceis; somente ele poderia, de tal modo, conseguir mobilizar a juventude do mundo para a causa de Deus e pelo amor a Cristo. Criou na Igreja – penso – um novo amor pela Eucaristia, criou um novo sentido pela grandeza da Divina Misericórdia; e também aprofundou muito o amor por Nossa Senhora e assim levou-nos a uma interiorização da fé e, ao mesmo tempo, a uma maior eficiência. Naturalmente, é preciso mencionar – como todos sabemos – também como foi essencial sua contribuição para as grandes mudanças no mundo em 1989, com a queda do chamado socialismo real.”

Fonte: Rádio Vaticano.

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