Não tenhas mais medo, filho, nem te perturbe nenhuma tentação

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MinistroDeus providenciou que em um dia em que nosso seráfico Pai, Francisco, convidou o seu médico para almoçar, mas os frades o alertaram dizendo que não havia nada para comer, uma mulher batesse a porta e lhes desse uma cesta cheia: um belo pão, peixes e pastéis de camarão, coroados, por cima, com mel e uvas.
Nosso seráfico Pai, já havia previsto que aquela mulher apareceria com aquela oferta de comida para os frades e por isso mesmo não titubeou ao dizer para os companheiros preparem a mesa para o médico.
Conta-se também que um frade que queria muito ser amigo de São Francisco, pois acreditava que os que fossem merecedores da amizade do santo seriam salvos. Ele nunca havia contado nada para ninguém, mas um dia ao passar em frente a cela do homem de Deus, este lhe disse: “Não tenhas mais medo, filho, nem te perturbe nenhuma tentação, porque gosto muito de ti, e és mesmo um dos mais queridos, a quem tenho um amor especial. Aqui podes vir confiadamente quando quiseres, ou ir embora quando te parecer”.
Eu gosto sempre de lembrar da passagem de Jesus no poço de Jacó quando se encontra com a mulher samaritana. Jesus sabe de detalhes sobre a vida da mulher, que ela nem podia imaginar. Jesus sabia que ela não tinha marido, que ela tinha tido cinco maridos e que o homem que estava com ela agora não era marido dela entre outras coisas. A mulher se admira por Jesus saber aquelas coisas e passa a considera-lo um profeta. Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Deum verum de Deo vero, com diz o Credo. Jesus não sabia tudo porque Ele é Deus. Ele também foi homem como nós e teve que aprender as coisas como qualquer outro ser humano. Mas o Pai revelava muitas coisas ao Filho no que nós chamamos de “dom de ciência”. É um dom gratuito de Deus que revela aquilo que Ele quer para quem Ele quer. E Francisco de Assis, assim como outros santos foi agraciado. Tinha o dom. O espírito profético. Deus revelava-lhe muitas coisas de forma que ele não tinha dúvidas de que de fato essas coisas aconteceriam, pois tinha plena convicção de que aquela revelação vinha do Senhor.
Quantas vezes o Senhor nos fala claramente e nós não damos ouvidos. Quantas vezes Deus nos mostra o caminho e nós insistimos em fazer do nosso jeito, não é mesmo?
Estejamos abertos aos dons de Deus. Sejamos dóceis ao Espírito Santo e nos deixemos conduzir por Ele assim como fazia Frei Francisco, pois assim colheremos muitos frutos e seremos muito mais felizes.
Que assim seja, amém.

Paz e bem!

Rodrigo Hogendoorn Haimann, ofs

Evangelho – Jo 4,43-54

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Evangelho+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo: Jesus partiu da Samaria para a Galileia. O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. Quando então chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que tinha um filho doente. Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. Jesus disse-lhe:  ‘Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais.’ O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu filho morra!’ Jesus lhe disse: ‘Podes ir, teu filho está vivo.’ O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: ‘A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde’. O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: ‘Teu filho está vivo’. Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família. Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.
Palavra da Salvação.

São Benjamim

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Santo do diaNasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.
Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.
Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado.
Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam.
Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus.
Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo.
E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.

São Benjamim, rogai por nós!

Angelus 30-03-2014

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Devoção a Maria fortalece a amizade entre cristãos e muçulmanos, afirma autoridade vaticana

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01O Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Pe. Miguel Ángel Ayuso, afirmou que a devoção que cristãos e muçulmanos compartilham pela Virgem Maria é um fator importante que contribui para criar sentimentos de amizade entre os fiéis de ambas as religiões, um fato que acontece no Líbano e que é exemplo para outros países.
O sacerdote fez esta reflexão durante o 8º Encontro de Oração Islâmico-cristão ocorrido no dia 25 de março por ocasião da Solenidade da Anunciação do Senhor, celebrada no Líbano por cristãos e muçulmanos e que motivou o Governo a declará-la em 2010 como festa nacional.
Esta festa, afirmou o Pe. Ayuso, é “um verdadeiro exemplo da longa convivência entre muçulmanos e cristãos que caracteriza a história do Líbano, em meio a tantas dificuldades, e constitui também um testemunho para tantas outras nações”.
“Desde o Concílio Vaticano II a Igreja Católica reconhece que os muçulmanos honram a Maria, a Virgem mãe de Jesus, e inclusive a invocam com piedade… Maria é mencionada várias vezes no Corão. O respeito por ela é tão evidente que quando é nomeada no Islã acrescenta-se a expressão ‘Alayha l- salam’ (A paz esteja com ela). Os cristãos se unem de bom grau a esta invocação. Também devo mencionar os santuários dedicados a Maria aos que acodem muçulmanos e cristãos. Em particular, aqui, no Líbano, como esquecer o Santuário de Nossa Senhora do Líbano em Harissa?”, assinalou.
Nesse sentido, disse que “a devoção cria sentimentos de amizade: é um fenômeno aberto a todos e todas. As experiências culturais que nossas comunidades podem compartilhar fomentam a colaboração, a solidariedade, o reconhecimento mútuo como filhas e filhos de um Deus único que pertence à mesma família humana. Por isso a Igreja se dirige com estima aos fiéis do Islã. Com eles ao longo destes 50 anos, tratou de construir um diálogo de amizade e respeito mútuo”.
Do mesmo modo, assinalou que o diálogo entre ambas as religiões “procura estabelecer relações regulares com as instituições e organizações muçulmanas com o fim de promover o entendimento e a confiança mútua, a amizade e, quando possível, a colaboração”.
“Na metodologia do diálogo inter-religioso e, portanto, do diálogo entre cristãos e muçulmanos, devemos recordar que o diálogo é uma comunicação de duas vias… baseia-se no testemunho da própria fé e, ao mesmo tempo, na abertura à religião do outro. Não é trair a missão da Igreja, e muito menos um novo método de conversão ao cristianismo”, esclareceu.
Nesse sentido, explicou que “no documento ‘Diálogo e anúncio’, publicado conjuntamente em 1991 pela Congregação para a Evangelização dos Povos e o Conselho para o Diálogo Inter-religioso se fala de quatro formas diversas de diálogo inter-religioso: o diálogo da vida, o diálogo das obras, o diálogo dos intercâmbios teológicos e o diálogo da experiência religiosa. Estas quatro formas testemunham que não se trata de uma experiência reservada aos especialistas”.
O Pe. Ayuso concluiu recordando a exortação apostólica “Marialis Cultus”, promulgada em 1974 pelo Papa Paulo VI, a qual apresenta Maria como a virgem que escuta, a virgem que reza, a Virgem no diálogo com Deus. “Mas também é a imagem de um modelo de diálogo de busca quando, dirigindo-se ao arcanjo Gabriel, pergunta-lhe: ‘Como será possível?’ Maria, modelo para os muçulmanos e os cristãos, é também modelo de diálogo, já que ensina a acreditar, a não fechar-se em certezas adquiridas, mas a abrir-se aos outros e a permanecer disponíveis”, afirmou.

Fonte: http://www.acidigital.com

Papa Francisco confirma cardeais em cargos de congregações

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Dom João Braz de AvizO Papa confirmou, neste sábado, 29, o Cardeal João Braz de Aviz em seu cargo de Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Francisco nomeou também vários novos membros para a Congregação e dentre eles, está o Arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler.
O Santo Padre confirmou ainda o Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, e além de ratificar em seus cargos todos os membros e consultores, nomeou novos, como Dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães, Bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG).
Ainda neste sábado, foi anunciada a confirmação em seu cargo de Presidente do Pontifício Conselho para o diálogo Inter-religioso o Cardeal francês Jean Louis Tauran. Francisco também confirmou todos os membros e consultores deste dicastério até a conclusão de seus mandatos.

Fonte: http://www.cancaonova.com

Papa alerta para o risco da cegueira interior: “Ir rumo à luz do Senhor”

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01O Papa Francisco rezou neste domingo, 30, a oração mariana junto com os fiéis no Vaticano. Graças também ao dia ensolarado de primavera, a Praça São Pedro estava completamente lotada e o clima foi de grande alegria. Francisco apareceu às 12hs em sua janela desejando ‘bom domingo’ a todos e retribuindo com sorrisos o carinho das pessoas presentes.
O Pontífice fez uma alocução baseada no Evangelho do dia, de João, que conta o episódio do homem cego de nascença a quem Jesus doa a vista. O milagre é narrado por João em apenas dois versículos, porque o evangelista não queria atrair a atenção para o milagre em si, mas para o que aconteceu depois, para a discussão que ele acarretou.
Os ‘doutores da lei’ não acreditavam que o cego tivesse sido curado por Jesus. Interrogaram o homem e crivaram de perguntas seus pais, enquanto o cego curado se aproximou da fé. Esta foi a maior graça que Jesus lhe fez: não só a de ver, mas a de conhecê-Lo, Ele que é “a Luz do mundo”.
“Enquanto o cego se aproximava gradualmente da luz, os ‘doutores da lei’, ao contrário, caíam sempre mais na cegueira interior. Obtusos em sua presunção, acreditavam já ter a luz; e por isso, não se abriram à verdade de Jesus. Fizeram de tudo para negar a evidência, até conseguir expulsar o homem curado do templo, excluindo-o da sociedade”.
O cego curado, por sua vez, não sabia nada de Jesus. Primeiramente O considerava um profeta e depois, um homem próximo de Deus. Mas depois de ser afastado do templo, Jesus o reencontrou e “abriu seus olhos” pela segunda vez, dizendo-lhe quem era. Àquela altura, ele exclamou: “Creio Senhor” e se ajoelhou diante de Jesus.
O Papa admitiu que “a nossa vida, às vezes, parece com a do cego que se abriu à luz, a Deus e à sua graça. Mas às vezes, infelizmente, é como a dos ‘doutores da lei’: do alto de nosso orgulho, julgamos os outros, e até o Senhor!”. “A luz de Cristo, que nos foi dada no Batismo, nos ajude a nos comportarmos com humildade, paciência e misericórdia”, completou Francisco, dando uma sugestão:
“Voltando a suas casas, peguem o Evangelho de João e leiam o capítulo 9. Fará bem a todos. E nos questionemos como está o nosso coração: aberto ou fechado a Deus e ao próximo?”.
“Sempre temos em nós algum ‘fechamento’ consequente do pecado, de nossos erros. Não tenhamos medo; abramo-nos à luz do Senhor, Ele nos espera sempre para nos perdoar, não nos esqueçamos!”.
Após a sua reflexão, o Papa rezou a oração mariana e concedeu a todos os presentes a bênção apostólica. Em seguida, saudou os grupos credenciados e se despediu dos fiéis, como sempre, desejando ‘bom domingo e bom almoço’.

Fonte: http://www.radiovaticana.va

No sacrifício eucarístico, Jesus nos convida a “colocar a nossa assinatura” no presente para Deus

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Raniero_CantalamessaO precioso dom da Eucaristia como sacramento foi o tema abordado pelo padre Raniero Cantalamessa em seu terceiro sermão da quaresma. Começando com um panorama histórico, o pregador da Casa Pontifícia identificou Santo Agostinho, com a sua obra “De sacramentis”, como “o iniciador da teologia sacramental”.
Antes do santo bispo de Hipona, no entanto, Santo Ambrósio já tinha começado a abordar a questão nos escritos “Dos sacramentos” e “Dos mistérios”. Segundo o padre Raniero, Ambrósio “lançou as bases da futura doutrina da transubstanciação”, contribuindo para “afirmar a fé na presença real de Cristo na Eucaristia”.
O pregador citou a este propósito uma passagem significativa da obra “Dos sacramentos”: “Este pão é pão antes das palavras sacramentais; quando da consagração, o pão se torna a carne de Cristo […] Com que palavras se realiza a consagração e de quem são essas palavras? […] Quando se realiza o sacramento venerável, o padre já não usa as suas próprias palavras, mas as palavras de Cristo. É, portanto, a palavra de Cristo que realiza este sacramento”.
A teologia de Santo Ambrósio desempenhou um papel decisivo na oposição à heresia de Berengário de Tours, que reduzia a presença de Jesus na Eucaristia “a uma presença apenas dinâmica e simbólica”.
Já Santo Agostinho tinha uma “perspectiva diferente”, diz o padre Cantalamessa, resumindo a questão com as seguintes palavras: “Dos três corpos de Cristo -o corpo verdadeiro ou histórico, nascido de Maria; o corpo eucarístico e o corpo da Igreja- Agostinho une entre si o segundo e o terceiro, o eucarístico e o da Igreja, distinguindo-os do corpo real do Jesus histórico; Ambrósio junta e identifica o primeiro e o segundo, ou seja, o corpo histórico de Cristo e a Eucaristia, distinguindo-os do terceiro, que é o corpo da Igreja”.
A perspectiva de Ambrósio esconde um risco, que o padre Cantalamessa chama de “realismo exagerado”: como se o corpo e o sangue de Cristo estivessem presentes no altar “sensivelmente e fossem de fato tocados e partidos pelas mãos do sacerdote e mastigados pelos dentes dos fiéis”. O remédio para esse risco é o reconhecimento de que “a presença eucarística não é física, mas sacramental, mediada por sinais que são, precisamente, o pão e o vinho”.
O pregador do papa identifica ainda um “limite” na visão de Ambrósio: “a ausência de qualquer referência à ação do Espírito Santo na produção de Cristo sobre o altar”. Para Ambrósio, toda a “eficácia se encontra nas palavras da consagração”, palavras que “não se limitam a declarar uma realidade existente, mas produzem a realidade que significam, como a frase ‘fiat lux’ da criação”.
Isto, de acordo com o padre Cantalamessa, influenciou na menor relevância que teve na liturgia latina a invocação do Espírito Santo, “que desempenha, nas liturgias orientais, um papel vital como o das palavras da consagração”. Cantalamessa opina que seria bom, ao se traduzir o Cânon Romano nas línguas modernas, restabelecer explicitamente a frase “Bendize, ó Deus, esta oferenda com o poder do teu Espírito Santo”, em vez da prática atual que fala do poder da sua bênção.
Mas a “maior lacuna” que o padre Cantalamessa aponta não está apenas em Ambrósio, nem apenas nos Padres latinos, mas “na explicação do mistério da Eucaristia como um todo”. A referência é feita à acentuação das diferenças entre o cristianismo e o judaísmo, que resultou em contraposições devidas a “diversos fatores históricos”. Uma frequente acusação feita aos hereges, lembra Cantalamessa a propósito dos cristãos das origens, era justamente a de “judaizar”.
O pregador recorda que, “tal como não se entende a Páscoa cristã sem se considerar que ela é o cumprimento daquilo que a Páscoa hebraica prenunciava, também não se entende completamente a Eucaristia sem se considerar que ela é o cumprimento do que os judeus faziam e diziam durante a sua refeição ritual”.
Um texto útil para entendermos a estreita ligação entre a liturgia judaica e a ceia cristã é a Didaqué. Ela traz uma coleção de orações da sinagoga, “acrescentando, aqui e ali, palavras ao teu servo Jesus Cristo”. O rito da sinagoga era composto de uma série de orações chamadas “berakah”, termo traduzido em grego como “eucaristia”.
“O ritual seguido por Jesus ao instituir a Eucaristia acompanhava todas as refeições dos judeus, mas assumia particular importância nas refeições em família ou em comunidade, aos sábados e nos dias festivos”. Durante a famosa Última Ceia, Jesus introduz algo decisivo, que Lucas indica com as seguintes palavras atribuídas ao próprio Jesus: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós”. É o momento em que o Salvador “oferece e sela com os seus a nova e eterna aliança no seu sangue”.
Ao adicionar as palavras “Fazei isto em memória de mim”, diz o padre Cantalamessa, “Jesus nos dá um presente sem limites. Do passado, o olhar se projeta para o futuro. Tudo o que ele fez até agora na ceia é colocado nas nossas mãos. Repetindo o que ele fez, renova-se o ato central da história humana, que é a sua morte pelo mundo”.
Esse memorial que “até então era o penhor da fidelidade de Deus a Israel” é agora “o corpo partido e o sangue derramado do Filho de Deus; é o sacrifício do Calvário, ‘re-apresentado’, ou seja, tornado mais uma vez presente, para sempre e para todos”. É nesta passagem, diz Cantalamessa, que se descobre “a preciosidade da insistência de Ambrósio” na presença “verdadeira, real e substancial de Cristo” na Eucaristia.
Por fim, o pregador usa um exemplo humano para explicar o que acontece na Eucaristia. É como um filho primogênito, que, amando incomensuravelmente o pai, decide comprar-lhe um presente e colocar nele, em segredo, a assinatura de todos os outros irmãos. Ele “chega às mãos do pai como sinal de amor de todos os filhos, sem distinção, mesmo que, na realidade, só um deles pagou o preço”.
Na missa, continua Cantalamessa, Jesus convida todos nós a “colocarmos a assinatura” no seu presente, simbolizada por algumas gotas de água misturadas com o vinho no cálice e pelo amém pronunciado no momento da comunhão. A assinatura é um compromisso: por isso, “temos que fazer nós também da nossa vida um presente de amor ao Pai e aos irmãos”.

Fonte: http://www.zenit.org

Igrejas tocarão os sinos no dia da canonização do beato Anchieta

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01O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convoca todas as Igrejas do país para que toquem os sinos, no dia 2 de abril, às 9 horas da manhã, por ocasião da canonização do beato José de Anchieta.
Em carta, enviada aos bispos, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, explica que será um “gesto de alegria, gratidão e comunhão por estar inscrito entre os santos, o Apóstolo do Brasil”.
Durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá em Aparecida (SP), será celebrada missa em ação de graças pela canonização do beato, no dia 4 de maio, às 8h, no Santuário Nacional de Aparecida.

Celebrações por onde Anchieta passou
O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, convidou o clero da arquidiocese para acolher a canonização com manifestações de “júbilo e ação de graças a Deus”, pedindo que os sinos toquem, todos juntos, às 14h, por cinco minutos, ao menos. No domingo, dia 6, haverá procissão saindo do Pátio do Colégio, às 10h15, em direção à Catedral da Sé, onde será celebrada missa solene às 11h.
Em Salvador (BA), o arcebispo local e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, celebrará uma missa, às 18h, na Catedral Basílica.
Na arquidiocese de Vitória do Espírito Santo (ES) haverá missa na catedral metropolitana, às 18h do dia 2, presidida pelo arcebispo local, dom Luiz Mancilha Vilela. Às 20h, a comunidade Shalom apresenta o musical “Anchieta para todas as tribos”. No domingo, dia 6, duas missas estão marcadas. Às 9h30, na paróquia Beato José de Anchieta, em Serra (ES), e às 16h, no pátio do Santuário de Anchieta (ES).
O arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, presidirá uma missa em ação de graças na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no dia 2 de abril, às 18h.

História do Apóstolo do Brasil
O padre José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534, nas ilhas Canárias, Espanha. Seu primeiro contato com os jesuítas foi quando estudava filosofia na universidade de Coimbra, Portugal. Em 1551, Anchieta entrou na Companhia de Jesus.
A missão no Brasil começou em 1553, quando, ainda noviço, aos 19 anos, desembarcou em Salvador (BA) para trabalhar com padre Manuel da Nóbrega e outros missionários.
A fundação da cidade de São Paulo está relacionada à primeira missa celebrada na missão de Piratininga, em 25 de janeiro de 1554, festa litúrgica da Conversão do apóstolo São Paulo. Ali, os jesuítas fundaram um colégio, o primeiro da Companhia de Jesus na América Latina.
Outros elementos são marcantes na história do beato José de Anchieta, no Brasil. Ele ensinou a língua portuguesa aos filhos de índios e de portugueses; aprendeu a língua indígena; escreveu gramática, catecismo, peças de teatro e hinos na língua dos índios, além de outras obras em português, latim, tupi e guarani; participou de negociações de paz em conflitos entre índios e portugueses; fundou outro colégio no Rio de Janeiro, no qual foi reitor; foi responsável por outras missões; provincial dos jesuítas no Brasil; e escreveu muitos relatos sobre a missão e particularidades da terra e do povo brasileiros.
José de Anchieta morreu em 9 de junho de 1597, em Reritiba, cidade fundada por ele no Espírito Santo que futuramente recebeu o nome de Anchieta.
O título de “Apóstolo do Brasil” foi dado pelo prelado do Rio de Janeiro, dom Bartolomeu Simões Pereira, durante a homilia do funeral.

Fonte: http://www.cnbb.org.br

Evangelho – Jo 9,1-41

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Evangelho+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
Naquele tempo: Ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. Os discípulos perguntaram a Jesus: ‘Mestre, quem pecou para que nascesse cego: ele ou os seus pais?’ Jesus respondeu: ‘Nem ele nem seus pais pecaram, mas isso serve para que as obras de Deus se manifestem nele. É necessário que nós realizemos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Vem a noite, em que ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mudo, eu sou a luz do mundo.’ Dito isto, Jesus cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. E disse-lhe: ‘Vai lavar-te na piscina de Siloé’ (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando. Os vizinhos e os que costumavam ver o cego – pois ele era mendigo – diziam: ‘Não é aquele que ficava pedindo esmola?’ Uns diziam: ‘Sim, é ele!’ Outros afirmavam: ‘Não é ele, mas alguém parecido com ele.’ Ele, porém, dizia: ‘Sou eu mesmo!’ Então lhe perguntaram: ‘Como é que se abriram os teus olhos?’ Ele respondeu: ‘Aquele homem chamado Jesus fez lama, colocou-a nos meus olhos e disse-me: ‘Vai a Siloé e lava-te’. Então fui, lavei-me e comecei a ver.’ Perguntaram-lhe: ‘Onde está ele?’  Respondeu: ‘Não sei.’ Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. Ora, era sábado, o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: ‘Colocou lama sobre meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!’ Disseram, então, alguns dos fariseus: ‘Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado.’ Mas outros diziam:  ‘Como pode um pecador fazer tais sinais?’ E havia divergência entre eles. Perguntaram outra vez ao cego: ‘E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?’ Respondeu: ‘É um profeta.’ Então, os judeus não acreditaram que ele tinha sido cego e que tinha recuperado a vista. Chamaram os pais dele e perguntaram-lhes: ‘Este é o vosso filho, que dizeis ter nascido cego? Como é que ele agora está enxergando?’ Os seus pais disseram: ‘Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego. Como agora está enxergando, isso não sabemos. E quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Interrogai-o, ele é maior de idade, ele pode falar por si mesmo.’ Os seus pais disseram isso, porque tinham medo das autoridades judaicas. De fato, os judeus já tinham combinado expulsar da comunidade quem declarasse que Jesus era o Messias. Foi por isso que seus pais disseram: ‘É maior de idade. Interrogai-o a ele.’ Então, os judeus chamaram de novo o homem que tinha sido cego. Disseram-lhe: ‘Dá glória a Deus! Nós sabemos que esse homem é um pecador.’ Então ele respondeu: ‘Se ele é pecador, não sei. Só sei que eu era cego e agora vejo.’ Perguntaram-lhe então: ‘Que é que ele te fez? Como te abriu os olhos?’ Respondeu ele: ‘Eu já vos disse, e não escutastes. Por que quereis ouvir de novo? Por acaso quereis tornar-vos discípulos dele?’ Então insultaram-no, dizendo: ‘Tu, sim, és discípulo dele! Nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés, mas esse, não sabemos de onde é.’ Respondeu-lhes o homem: ‘Espantoso! Vós não sabeis de onde ele é? No entanto, ele abriu-me os olhos! Sabemos que Deus não escuta os pecadores, mas escuta aquele que é piedoso e que faz a sua vontade. Jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se este homem não viesse de Deus, não poderia fazer nada’. Os fariseus disseram-lhe: ‘Tu nasceste todo em pecado e estás nos ensinando?’ E expulsaram-no da comunidade. Jesus soube que o tinham expulsado. Encontrando-o, perguntou-lhe: ‘Acreditas no Filho do Homem?’ Respondeu ele: ‘Quem é, Senhor, para que eu creia nele?’ Jesus disse: ‘Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo.’ Exclamou ele: ‘Eu creio, Senhor’! E prostrou-se diante de Jesus. Então, Jesus disse: ‘Eu vim a este mundo para exercer um julgamento, a fim de que os que não vêem, vejam, e os que vêem se tornem cegos.’ Alguns fariseus, que estavam com ele, ouviram isto e lhe disseram: ‘Porventura, também nós somos cegos?’ Respondeu-lhes Jesus: ‘Se fôsseis cegos, não teríeis culpa;
mas como dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado permanece.’
Palavra da Salvação.

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