SECRETARIA DA SAÚDE DE SP E IGREJA CATÓLICA SE UNEM NO COMBATE À HANSENÍASE

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São Paulo, 30 out (RV) – A Secretaria da Saúde do estado de São Paulo firmou uma parceria inédita com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para conscientizar a população sobre os riscos da hanseníase, durante a campanha estadual de combate à doença que se realiza até este domingo, 31, em todo o estado.

Todas as duas mil e 800 paróquias vinculadas às 247 dioceses e arquidioceses de São Paulo receberam 450 mil panfletos, contendo material informativo sobre a hanseníase, para serem distribuídos durante as missas e encontros. A intenção do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria é diversificar cada vez mais o público atingido.

“No ano passado, firmamos uma parceria com a Secretaria da Educação e falamos para crianças de cinco mil escolas estaduais. Desta vez, nosso alvo são os adultos que têm voz ativa dentro da família. Assim, atingimos um público cada vez mais heterogêneo” – explicou a coordenadora do Programa Estadual de Combate à Hanseníase, Mary Lise Marzliak.

O número de casos da doença diminuiu em 2008 e 2009: dos 2.022 casos detectados em 2008, passamos para 1.843, no ano passado. Uma atenção especial, no entanto, se faz necessária, em razão da ocorrência de casos entre menores de 15 anos: só em 2009, foram registrados 89 casos.

“Como a hanseníase não é uma doença infantil, esse fato mostra que há adultos não tratados em casa, o que faz com que nos mantenhamos alertas” – afirmou Mary Lise Marzliak.

Nos panfletos, a população tem acesso a informações básicas, como, por exemplo, suspeitar de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas e com pouca sensibilidade. Elas podem ser um sinal de hanseníase.

O diagnóstico precoce pode evitar, por exemplo, limitações físicas nos pacientes. O tratamento oferecido pelo estado é completo, gratuito e tem a duração de seis meses a um ano. (AF)

 

Fonte: Radio Vaticano

Evangelho – Lc 19,1-10

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+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 19,1-10

Naquele tempo: Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo. Então ele correu à frente e subiu numa figueira para ver Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar,
olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa.” Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria.
Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!” Zaqueu ficou de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais.” Jesus lhe disse:
“Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.”
Palavra da Salvação.

 

Santo Afonso Rodrigues

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Diante da “galeria” de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.

Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação.

No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus.

Tinha como regra: “Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina”. Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.

Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!

REGIONAL SUL 2 DA CNBB ESTARÁ EM ROMA NA PRÓXIMA SEMANA

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Cidade do Vaticano, 30 out (RV) – Os bispos do Regional Sul 2 da CNBB (Paraná) estarão em Roma entre os dias 4 e 13 de novembro para a sua visita “ad limina”. A visita “ad limina apostolorum” realiza-se a cada 5 anos, durante a qual se encontram com o Papa, com responsáveis pelos organismos da Cúria Roma e rezam diante dos túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo.

Durante o encontro com o Papa, os bispos apresentam um relatório sobre o estado pastoral das suas dioceses e ouvem a apreciação e os conselhos do Santo Padre.

O Regional Sul 2 é o penúltimo dos 17 regionais da CNBB a realizar a visita. O último será o Centro-Oeste. Participarão 23 bispos, 21 do Paraná e dois de São Paulo. (SP)

 

Fonte: Radio Vaticano

Evangelho – Lc 14,1.7-11

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+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: “Dá o lugar a ele”. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: “Amigo, vem mais para cima”.
E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado.”
Palavra da Salvação.

São Frumêncio

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A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação. São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.

Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.

Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.

São Frumêncio, rogai por nós!

100 MIL JOVENS ENCONTRAM-SE COM O PAPA NA PRAÇA SÃO PEDRO

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Cidade do Vaticano, 29 out (RV) – “Existe mais: cresçamos juntos” é o tema do encontro nacional dos jovens da Ação Católica, que terá seu momento culminante neste sábado, na Praça São Pedro, com o encontro com Bento XVI. De lá prosseguirão para dois momentos de festa e testemunho em outros dois lugares de Roma: Piazza di Siena e Piazza del Popolo.

Serão 100 mil jovens, provenientes de toda a Itália, que terão a oportunidade de dialogar com o Santo Padre. Acompanhando-os estarão 10 mil educadores, 500 sacerdotes assistentes e 50 bispos. Sete outros países são convidados a participar do evento: Rússia, Romênia, Argentina, Burundi, Terra Santa e Espanha.

Para o assistente da Ação Católica para os Jovens, Pe. Dino Pirri, “essa escolha do Papa, de dialogar com os jovens e responder às suas perguntas, indica que também as crianças e os adolescentes podem ser protagonistas do próprio caminho, das próprias escolhas, e podem dar testemunho de fé autêntica – o que sabem fazer também ao mundo dos adultos”.

Ao centro do encontro, está o desafio da educação das crianças e adolescentes, assunto levantado diversas vezes pelo próprio Papa.

Antes do encontro com Bento XVI, está prevista uma manhã de orações, cantos e testemunho. (ED)

 

Fonte: Radio Vaticano

Mas que saudade eu tenho da Bahia.

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No mês de julho deste ano, a arquidiocese de Florianópolis enviou cento e vinte e sete missionários para as Santas Missões Populares em Xique-Xique, na Bahia. Eu estava entre eles. Foi uma experiência incrível, ou como eu disse na entrevista ao Sr. Domingos, organizador da viagem: “Foi indescritível, inenarrável. Só Jesus Sacramentado sabe o que Ele fez em minh’alma nesta missão”. Mas como me comprometi a escrever algumas palavras sobre as missões, aqui vou eu.

Em primeiro lugar tenho muito a agradecer a Deus que usou do meu ministro na ordem franciscana secular para fazer o convite para que eu participasse das missões. Foi algo completamente inesperado. Depois de uma de nossas reuniões fraternas, ao fim da Santa Missa, o Márcio me convidou para participar das missões na Bahia e eu sem nem ao menos pensar por um segundo sequer, imediatamente disse sim. Disse que iria. Sem nem saber quando nem como seria. Depois do meu “sim”, tudo o mais Deus foi providenciando. De forma que mesmo não tendo um centavo pra viagem, todas as despesas foram pagas por pessoas lindas que se deixaram tocar por Deus que por algum motivo me queria na Bahia.

Comecei a participar dos encontros de formação em Tijucas e a conhecer as pessoas que fariam parte desta missão. Descobri que este já era o décimo ano que a arquidiocese enviava missionários para a Bahia. Ao saber exatamente qual o dia iríamos partir em missão, comecei a conversar com a secretaria da educação e com as diretoras das escolas onde trabalho para justificar o período de faltas e deixar tudo acertado a respeito das aulas que seriam dadas. Tudo foi se encaixando perfeitamente. Recebemos o envio de Dom Murilo junto com todo o grupo de missionários reunidos em Tijucas e também do Frei Ladi na Igreja de Santa Inês em Balneário Camboriú, por onde estávamos sendo enviados, o Márcio e eu.

Acabamos antecipando a data de lançamento do meu livro: “Sonetos mal traçados” para adequar à data da viagem. E dia dezesseis de julho às dez horas da manhã estávamos saindo. Três ônibus em comboio deixaram a paróquia de São Vicente de Paulo em Itajaí, rumo à Xique-Xique. Foram quase três mil quilômetros. Noites mal dormidas dentro do ônibus. Parada às cinco horas da manhã para tomar banho gelado. Restaurantes de beira de estrada que muitas vezes nos tiravam o apetite devido à falta de higiene, mas também alguns bons restaurantes e igualmente caros. Fiz novas amizades dentro do ônibus, como a querida Liliane, de coração tão franciscano que lhe rendeu o apelido carinhoso de “Clara”. E finalmente, depois de quase três dias de viagem chegamos ao nosso destino e fomos acolhidos por uma belíssima e emocionante recepção. Carro de som, música, fogos, abraços calorosos de boas vindas. Fomos recepcionados na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, onde cada missionário se apresentou ao microfone. Depois fomos encaminhados para um alojamento ao lado da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, onde almoçamos (que comida deliciosa, preparada com muito amor), tomamos nosso tão esperado banho (novamente gelado) e passamos a primeira noite (com direito a vista de uma aranha enorme em meu colchão).

No dia seguinte estávamos de “folga” até a hora marcada na Igreja matriz para a acolhida dos missionários de outros estados e de outras cidades da própria Bahia. Aproveitamos para fazer um “tour” pela cidade. Subimos todos num caminhão e nos ajeitamos como foi possível para fazer o passeio. Foi quando vi pela primeira vez o Rio São Francisco. Meus olhos encheram-se de lágrimas. Fui até suas margens, molhei a mão direita e com suas águas tracei sobre mim o sinal da cruz. Muitas fotos depois, estávamos reunidos para receber os missionários e ouvir Dom Frei Luiz falar sobre o que ele esperava de nós. Foram separados os grupos e em seguida começou a Santa Missa de abertura das Santas Missões, presidida por Dom Frei Luiz e co-celebrada por diversos padres. Após a missa cada grupo foi para sua comunidade, embora algumas pessoas passaram mais uma noite no alojamento, pois só iriam para as ilhas no dia seguinte, o que não foi meu caso.

Fiquei em uma localidade chamada Guaxinim, comunidade de Santa Luzia, a apenas trinta minutos de caminhada do centro de Xique-Xique. Um bairro pobre, de gente simples e batalhadora. Pessoas que nos acolheram em suas casas, em suas vidas, com muito carinho. As casas chamavam minha atenção por serem feitas de barro, sem forro, chão batido e sem portas para separar os cômodos. Mas o que mais chamou a atenção foi como essas pessoas são felizes. Como elas têm fé.

Nossa rotina basicamente era de acordar às quatro e meia da manhã e sair em caminhada penitencial, orando e cantando pelas principais ruas do bairro. Depois o café da manhã com comidas típicas da região. Após o café começávamos as visitas nas casas. Todas as casas do bairro foram visitadas. Cerca de trezentas casas. Conversávamos com as famílias que nos recebiam em suas casas com alegria e emoção, como se estivessem recebendo o próprio Cristo. Fazíamos uma pausa para o almoço (que saudades do feijão de corda) e continuávamos visitando as famílias, até que no fim da tarde nos reuníamos à sombra das árvores para definir como seria a celebração da noite. Todos os dias antes da celebração fizemos um encontro direcionado. Um dia para as crianças, outro para os jovens, outro para casais e assim por diante, sempre fechando a noite com a comunhão do Corpo de Cristo. As celebrações aconteceram em lugares diversos, pois não há igreja na comunidade. Há apenas o terreno com o cruzeiro, indicando o lugar onde um dia eles pretendem construir uma igreja. Assim, celebramos em garagens, em galpões, na escola e até ao ar livre. E ficamos muito amigos da equipe de liturgia e catequistas da comunidade. O ardor delas nos contagiava. Algumas noites tivemos o privilégio de receber o Pe. Leandro, missionário de Itajaí que vinha presidir a Santa Missa para nós. Era uma grande alegria. Fizemos muitos amigos. Cativamos e fomos cativados. De forma que no último dia foi uma tremenda choradeira. As pessoas da comunidade brincavam dizendo: “Hoje o rio vai encher”. Isso devido às lágrimas e somando ao fato de que era tempo de seca e o rio São Francisco estava bem seco.

Levei muitas coisas que o Márcio havia preparado para distribuir entre as pessoas, como medalhas, terços, crucifixos e etc. Também distribui muitos pacotes de pirulitos. As crianças, aonde eu ia, iam atrás me rodeando.

O encerramento foi também na Igreja Matriz. Com todas as comunidades. Com todos os missionários se reencontrando depois de vários dias. Muitos abraços. Muita alegria, mas também a tristeza de saber que já se aproximava a hora de ir embora. A Santa Missa de encerramento, presidida por Dom Frei Luiz foi linda e mais uma vez nos emocionou. Depois da missa os missionários foram jantar e em seguida embarcamos no ônibus. Antes de subir para o ônibus me despedi das pessoas da minha comunidade que choravam muito com a nossa partida. Dei às meninas da equipe de liturgia de Santa Luzia algumas coisas de meu uso pessoal, como o terço, a minha cruz peitoral, boné e etc. sei que tudo isso tem e terá sempre um significado muito grande para elas. O ônibus seguiu seu rumo, e o povo foi acompanhando em lágrimas e acenos. Ficou a lembrança de todas as maravilhas que o Senhor Deus fez em nossas vidas.

Rodrigo Hogendoorn Haimann, ofs

Paz e bem!

Evangelho – Lc 14,1-6

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+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 14,1-6
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Diante de Jesus, havia um hidrópico. Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: “A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?
Mas eles ficaram em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. Depois lhes disse: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?” E eles não foram capazes de responder a isso.
Palavra da Salvação.

São Narciso

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O santo de hoje, São Narciso, foi Bispo de Jerusalém e, quando se deu tal fato, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo.

Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções.

Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. “Que me queimem vivo – disse o primeiro – se eu minto”. “E a mim, que me devore a lepra”, disse o segundo. “E que eu fique cego”, acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde ia, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direção ao deserto. Considerando-o definitivamente desaparecido, deram-lhe por sucessor a Dio, ao qual por sua vez sucederam Germânio e Górdio. Todavia, os três caluniadores não tardaram a sofrer os castigos que em má hora tinham invocado, pois o primeiro pereceu num incêndio com todos os seus, o segundo morreu de lepra e o terceiro cegou à força de tanto chorar o seu pecado.

Alguns anos depois, Narciso reapareceu na cidade episcopal. Nunca tinha sido posta em dúvida a santidade do seu procedimento.; por isso, foi com imensa alegria que Jerusalém recebeu seu antigo pastor. Segundo diz Eusébio, continuou Narciso a governar a diocese até a idade de 119 anos, auxiliado por um coadjutor chamado Alexandre. Faleceu cerca do ano de 212.

São Narciso, rogai por nós!

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