Primeiras Vésperas e Te Deum: Agradecimento do Papa Francisco pelo ano que passou

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Fim de ano: padre fala sobre sorte, superstições e dinheiro

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Padre Luis Fernando Soares, pároco na Paróquia Espírito Santo, em São José dos Campos (SP)

Padre Luis Fernando Soares, pároco na Paróquia Espírito Santo, em São José dos Campos (SP)

Segundo o dicionário, a palavra sorte está ligada ao incerto, aos imprevistos, oposto ao azar e etc. Buscar a sorte ou tirar a sorte são termos muito comuns no final do ano, época em que as pessoas fazem planos de sucesso para o ano vindouro.
No universo cristão, a palavra sorte tem um significado transcedental, ancorado na confiança em Deus, como explica o pároco da Paróquia Espírito Santo, em São José dos Campos (SP), padre Luis Fernando Soares.
“Eu creio que nosso futuro vai ser de sorte. Não aquela sorte mágica, que não tem nada a ver conosco. Mas a sorte no sentido de que Deus vai nos abençoar. Esta é a nossa sorte! É isso que vai nos conduzir: as mãos de Deus. Não temos a certeza de como tudo vai acontecer, mas acreditamos que Deus está no controle e que tudo concorre para o bem daqueles que O amam”, explicou.

A prática das superstições
Ligada à sorte, está a superstição. Muitos, na tentativa de controlar o futuro, buscam-na também como um caminho para se chegar à sorte. O padre Luis Fernando alerta sobre os riscos que alguns correm neste final de ano ao entregar-se às práticas supersticiosas, aos rituais e oferendas à beira mar, procurando benefícios.
“As superstições nos fazem pensar que estamos nas mãos de um destino cego ou nas mãos de alguma outra coisa que possa controlar a nossa vida. Quando deixamos de confiar em Deus para confiar em qualquer coisa, vamos colocando nossas vidas nas mãos do maligno”, afirmou.
A primeira leitura da Missa celebrada em 1º de janeiro relata a benção que Deus deseja derramar sobre seus filhos (cf. Nm 6, 22-27). Neste sentido, o padre considera que o caminho é esperar o ano que vem e vivê-lo sempre na companhia do Senhor. “Nós estamos debaixo das mãos de Deus, sob a sua benção. Temos que viver a cada dia como presente de Deus. Então, é acolher essa benção do Senhor e entregar-lhe a nossa a vida”, ressaltou.

Muito dinheiro no bolso…
Este é outro pedido que se ouve com frequência. Afinal, quem não quer ter muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender!?. De acordo com o padre Luis Fernando, Deus não condena a prosperidade financeira, a Bíblia, inclusive, menciona a riqueza como uma possibilidade. No entanto, o padre afirma que o problema não é ter bens, mas apegar-se a eles e viver de forma egoísta. “A Bíblia ensina que a prosperidade significa andar nos caminhos de Deus. Então até posso ter ‘dinheiro no bolso’, mas para quê? Para servir!”.
“Tenho que buscar servir – continuou padre Luis Fernando -, ter um propósito neste mundo que é adorar a Deus, amar o meu próximo, servir, anunciar o Evangelho… E para isso eu preciso de saúde, de dinheiro. Neste caso, é benção de Deus, porque tudo isso vai ser para a Sua glória. Conheço pessoas muito ricas, mas com uma enorme generosidade. Elas usam suas riqueza para abençoar a vida de outras pessoas. Neste sentido é que a riqueza, a ascensão profissional e tudo mais pode nos ser dado, para servirmos”, explicou o sacerdote.

Dica para 2014
Dar nomes aos dias do ano que inicia, é uma dica do padre Luis Fernando. Por exemplo, este dia se chama paz, este alegria, este outro satisfação, amor e etc… Não tem problema se os nomes se repetem; o mais importante, segundo o padre, é dar nome às bençãos de Deus, querer esta benção, buscá-la e fazê-la acontecer.
“Aconteça o que acontecer, nós estamos nas mãos de Deus. Ele transforma todo o mal em bem. Para aqueles que estão em Cristo não há mais maldição. Mesmo que passemos por momentos difíceis, Deus estará conosco e no final vamos sair mais confiantes Nele”, concluiu o padre.

Fonte: http://www.cancaonova.com

No dia 31, Papa Francisco presidirá celebração das Vésperas e o canto do Te Deum

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01Nesta terça-feira (31), último dia de 2013, o Papa Francisco presidirá na Basílica de São Pedro as primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima, seguida da exposição do Santíssimo Sacramento e o canto do tradicional hino Te Deum, de agradecimento e conclusão do ano de 2013.
Após a Bênção Eucarística, o Santo Padre visitará o Presépio na Praça São Pedro, onde deverá chegar em automóvel, passando sob o ‘Arco delle Campane’.
A Rádio Vaticano transmitirá a cerimônia a partir das 13h50min (horário de Brasília).

Fonte: http://www.radiovaticana.va

A oração como esperança ativa

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01Saber em que acreditar e saber o que esperar são dois movimentos teologais que se acompanham recíproca e necessariamente e que são coroados pela natureza do amor clarividente, que sabe que, em vez de “algo”, há “Alguém”, há Outro que é de confiança, que está por perto. Precisamos de uma educação e de uma orientação para essa experiência teologal: esta é a proposta do livro do teólogo Jürgen Werbick, “O pai-nosso: meditações teológicas como introdução à vida cristã”.
A oração é afim à esperança. A educação para a oração requer educação para a reta esperança. É essencial aquela pergunta kantiana: “O que podemos esperar?”. Werbick destaca que “as esperanças muito pretensiosas nos distraem das batalhas que devemos lutar agora, conscientemente, e que exigem a nossa presença”. A esperança como mero “pensamento positivo” não é digna da nossa época nem da nossa humanidade. “Apresentar alguém à fé e à esperança não significa afastá-lo do campo de batalha”. Por outro lado, a alternativa a essa espera exagerada poderia ser a de “redimensionar as esperanças humanas para elas proporcionarem aos que esperam uma perspectiva realista de ação”.
A esperança da oração é um caminho do meio, que não se deixa inflar nem pela utopia sonhadora nem pelo fatalismo pessimista. Quem assume a fé de Jesus não pode deixar de ter esperança na justiça de Deus, maior que a “justiça imposta aos pobres para beneficiar os ricos”. Mas o mais importante é a esperança que se torna ativa, porque “aqueles que esperam para si mesmos e para os outros, de forma incansável e insaciável, se concentram na possibilidade da mudança nas pequenas e nas grandes coisas. A esperança, assim, é indivisível. Ela não seria esperança, mas simples cálculo, se visasse apenas a própria vantagem. Não seria esperança de verdade, mas mera resignação, caso não visasse a mudança”.

Fonte: http://www.zenit.org

Nomeado o novo inspetor provincial dos Salesianos no Brasil

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01O catarinense, padre Asídio Deretti, assume a inspetoria Salesiana São Pio X para o período de 2014 a 2019. Após consulta ao Conselho Geral, o inspetor em exercício, padre Orestes Carlinhos Fistarol comunicou, em nota, a decisão da reitoria da Congregação Salesiana no Brasil pela nomeação do sacerdote. A posse será em 24 de maio de 2014, durante missa na paróquia de São João Bosco, em Porto Alegre (RS)
“Peço a todos grande apoio ao padre Asídio para que possa animar e governar a Inspetoria em união com o Reitor-mor, com caridade e sentido pastoral, visando à formação de uma comunidade inspetorial fraterna e missionária, a serviço dos jovens e das classes populares”, disse padre Orestes.

Trajetória
Padre Asídio Deretti nasceu em Luiz Alves, Santa Catarina, em 07 de novembro de 1945. Foi ordenado presbítero em 1975, assumindo como lema sacerdotal: “A verdade liberta” (Jo 8, 32). É Licenciado em filosofia, geografia, história e teologia. Mestre em teologia da vida espiritual pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma.

Fonte: http://www.cnbb.org.br

Evangelho – Jo 1,1-18

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Evangelho+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: ‘Este é aquele de quem eu disse:  O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim’. De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.
Palavra da Salvação.

São Silvestre I – Papa do início da Igreja

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Santo do diaEste Papa do início da nossa Igreja era um homem piedoso e santo, mas de personalidade pouco marcada. São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.
E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.
E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.
Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.
Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros.
Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por S. Silvestre.
Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.
Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.
Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.

São Silvestre, rogai por nós!

O mínimo que deveria fazer uma pessoa que recebeu uma cura é viver uma vida reta, justa e santa.

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MinistroQuantas pessoas que em nossos dias procuram o padre para se confessar apenas para cumprir um ritual, pois se dizem católicas, mas ao sair do confessionário, já estão arquitetando no mais íntimo do seu ser, o propósito de pecar novamente? Quando nos confessamos devemos ter o firme propósito de não pecar mais. Para tanto, antes de qualquer coisa é necessário se arrepender profundamente do seu pecado. Confessar-se por preceito, ou por medo da morte, confessar-se apenas por ocasião da páscoa e etc. não é atitude de verdadeiro cristão. Isso sem falar em tantas pessoas que omitem muitas coisas durante a confissão. Será que acreditam que assim enganaram a Deus? Enganaram-se a si mesmas e continuam na mesma lama que antes.
Claro que devemos levar em consideração que somos humanos, somos fracos, somos débeis, e várias e várias vezes caímos e pecamos novamente. Mas uma coisa é você se arrepender profundamente do seu pecado, fazer uma boa confissão e o firme propósito de não mais pecar e mesmo assim acabar caindo, e outra coisa é você não querer se libertar do pecado, não querer se ver livre do homem velho. Nosso seráfico Pai, Francisco de Assis em seu espírito profético, sabia que o padre Gedeão era sensual e mundano, e que não o estava procurando disposto a mudar de vida e sim apenas porque queria ser curado.
Esta questão da cura é um grande problemas nas igrejinhas neo-pentecostais adeptas da teologia da prosperidade que induzem as pessoas através dos meios de comunicação a fazerem generosas ofertas em troca de uma cura. Para isso a pessoa nem precisa ter fé, muito menos largar o pecado. Basta pagar a oferta e ser curada. Acontece que ninguém é curado. Tudo o que vemos na TV são atores contratados para simular um milagre.
Mas o pobrezinho de Assis alertou o padre Gedeão de que se ele não largasse o pecado, o castigo seria maior. Pois devemos ser gratos a Deus por todas as maravilhas que ele nos faz e quem recebe uma cura divina e volta para o seu próprio vômito está sendo extremamente ingrato. O mínimo que deveria fazer uma pessoa que recebeu uma cura é viver uma vida reta, justa e santa.
No exato momento em que São Francisco traçou sinal da cruz (símbolo da benção) sobre o padre Gedeão, ele ficou curado. Ele que não saia da cama, todo encurvado teve seus ossos recuperados de forma que as pessoas que presenciaram a cura ouviram como se galhos secos de árvores estivessem estalando. Imediatamente ele gritou: “Estou livre” e saiu louvando a Deus. Mas será que ele estava realmente livre? O pecado nos escraviza e em pouco tempo o padre Gedeão voltou aos seus velhos hábitos não conseguindo controlar seus impulsos carnais. Tomás de Celano nos conta que numa noite, o teto da casa onde ele estava, caiu de repente sobre todos. Os outros escaparam da morte, mas ele não conseguiu e foi esmagado.
E quanto a nós? Passamos por tantas dificuldades, tantas enfermidades, tantas tribulações, mas será que tudo isso não é por que ao invés de sermos gratos a Deus e procurarmos viver uma vida de santidade, acabamos sempre voltando ao nosso próprio vômito?

Paz e bem!

Rodrigo Hogendoorn Haimann, ofs

Confira as celebrações com o Papa Francisco no último dia de 2013

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01O Ano Novo se aproxima e, no Vaticano, fiéis preparam-se para as celebrações com o Papa Francisco neste último dia de 2013 e nos primeiros dias de 2014.
Nesta terça-feira, 31, véspera de Ano Novo e solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, o Pontífice preside as primeiras vésperas e o Te Deum em agradecimento pelo ano passado. A solenidade será, às 17h (horário local, 14h em Brasília), na Basílica Vaticana.
Já na quarta-feira, 1º, o Santo Padre preside a Santa Missa na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz. A celebração será na Capela Papal da Basílica Vaticana, às 10h (horário local, 7h em Brasília). Em seguida, às 12h (horário local, 9h em Brasília), ele rezará a oração mariana do Angelus.
No primeiro domingo do ano, dia 5 de janeiro, Francisco rezará o Angelus, como de costume, na Praça São Pedro. Na segunda-feira, 6, Solenidade da Epifania do Senhor, ele celebra a Santa Missa na Capela Papal da Basílica Vaticana, às 10h (horário local, 7h em Brasília), e reza o Angelus, às 12h, na Praça São Pedro.
Na quarta-feira, 8, o Santo Padre realiza a primeira catequese de 2014 com os fiéis reunidos na Praça São Pedro.

Fonte: http://www.cancaonova.com

Palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa

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01Neste primeiro domingo depois do Natal, a Liturgia nos convida a celebrar a festa da Sagrada Família de Nazaré. De fato, todo presépio mostra Jesus junto com Nossa Senhora e São José, na gruta de Belém. Deus quis nascer em uma família humana, quis ter uma mãe e um pai, como nós.
E hoje o Evangelho nos apresenta a Sagrada Família no caminho doloroso do exílio, em busca de refúgio no Egito. José, Maria e Jesus experimentam a condição dramática dos refugiados, marcada por medo, incertezas, necessidades (Mt 2, 13-15. 19-23). Infelizmente, nos nossos dias, milhões de famílias podem reconhecer-se nesta triste realidade. Quase todos os dias a televisão e os jornais dão notícias de refugiados que fogem da fome, da guerra, de outros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as próprias famílias.
Em terras distantes, mesmo quando encontram trabalho, nem sempre os refugiados e os imigrantes encontram acolhimento verdadeiro, respeito, apreço pelos valores de que são portadores. As suas legítimas expectativas se confrontam com situações complexas e dificuldades que parecem às vezes insuperáveis. Por isso, enquanto fixamos o olhar na Sagrada Família de Nazaré no momento em que foi forçada a fazer-se refugiada, pensemos no drama de quantos migrantes e refugiados que são vítimas de rejeição e da escravidão, que são vítimas do tráfico de pessoas e do trabalho escravo. Mas pensemos também nos outros “exilados”: eu os chamarei de “exilados escondidos”, aqueles exilados que podem existir dentro das próprias famílias: os idosos, por exemplo, que às vezes são tratados como presenças incômodas. Muitas vezes penso que um sinal para saber como vai uma família é ver como são tratados nessa as crianças e os idosos.
Jesus quis pertencer a uma família que experimentou estas dificuldades para que ninguém se sinta excluído da proximidade amorosa de Deus. A fuga ao Egito por causa das ameaças de Herodes nos mostra que Deus está lá onde o homem está em perigo, lá onde o homem sofre, lá onde é fugitivo, onde experimenta a rejeição e o abandono; mas Deus está também lá onde o homem sonha, espera voltar à pátria na liberdade, projeta e escolhe pela vida e dignidade sua e dos seus familiares.
Este nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco. Recordemos as três palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa. Quando em uma família não se é invasor e se pede “com licença”, quando em uma família não se é egoísta e se aprende a dizer “obrigado” e quando em uma família um percebe que fez algo ruim e sabe pedir “desculpa”, naquela família há paz e alegria. Recordemos estas três palavras. Mas podemos repeti-las todos juntos: com licença, obrigado, desculpa. (Todos: com licença, obrigado, desculpa!). Gostaria também de encorajar as famílias a tomar consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade. O anúncio do Evangelho, de fato, passa antes de tudo pelas famílias, para depois alcançar os diversos âmbitos da vida cotidiana.

Fonte: http://www.zenit.org

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