Todos devem ter consciência das ameaças à famílía

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Pluracidade familiar, eutanásia, aborto, manipulação da vida, controle de natalidade, sexo sem consequências, estupro, prostituição, insegurança, desemprego… São muitas as ameaças que atinguem a família, questões que foram abordadas neste sábado, 17, na 2ª Jornada de Bioética realida na cidade de Lorena (SP).
Com o tema “Família, Satuário da Vida”, a Associação de Médicos Católicos da Diocese de Lorena e o Grupo de Pesquisa em Ética do Centro Universitário Salesiano de Lorena (UNISAL) fomentou o debate entre estudiosos, profissionais da saúde e agentes de pastoral sobre os diversos riscos aos quais a família está vulnerável.
“Tudo que fere a bioética fere a família. O Papa João Paulo II, na Cartas às Famílias, salientou que as pessoas estão subvertidas por uma cultura que não admite a transcendência do homem criado a imagem e semelhança de Deus”, reforçou professor Felipe Aquino.
Para o especialista uma das maiores ameaças à família está justamente na ideia de desagregação, uma ideologia “anti-família”.
“Estão destruindo o conceito de família, casamento e maternidade”, enfatizou professor Aquino. Um dos grandes perigos que a sociedade corre é nas chamadas “famílias alternativas” que distorcem o real significado da família.

Pluralismo familiar

Mas o que é uma instituição familiar hoje? Quem faz parte dela? A Constituição Federal apresenta a família como uma instituição composta pela união de um homem e uma mulher, um conceito que vem sendo amplamente discutido.
O especialista em Direito e Família, professor mestre Marcius Nahur, destaca que o conceito de união está sendo relativizado. “Uma família poder ser uma união estável, até mesmo uma união extraconjulgal ou sestuosa. O casamento é visto apenas como um contrato onde a maior preocupação são os bens e que pode ser desfeito a qualquer hora desfeito”, ressalta ele.
Para o professor Felipe Aquino essas chamadas “famílias alternativas” destroem o sentido verdadeiro de família. “A disseminação do ‘sexo livre’ deixou muitas crianças órfas de pais vivos, muitas crianças não sabem quem são seus pais”, destaca o professor.
Tais desestruturações geram consequências sobre os indivíduos que formam, por sua vez, a sociedade. “A família é um patrimônio da humanidade inteira. Em nossa sociedade o que é fomentado é que o que importa é estar feliz. Mas o q é felicidade? A família é um espaço para a construção da felicidade. Como o Papa Bento XVI destacou, é preciso enfrentar a crise internacional, mas é preciso também enfrentar os perigos que rondam a família.

Mídia e família

Neste domingo,18, a televisão brasileira completa 60 anos, meio de comunicação que faz parte praticamente de todos os lares brasileiros. Programas e novelas têm grande influência sobre a vida das pessoas. A título de exemplo, padre Hamilton Nascimento, recordou uma reportagem da revista Isto É sobre novo retrato da fé no Brasil.
“A pesquisa mostra que a fé está em movimento, ela mostra que  ¼ das pessoas já mudaram de religião. Os católicos ainda são maioria. Mas um dado interessante foi a imigração para o islamismo, que saltou de 15% em 1997 para 85% em 2009. O maior insentivador foi a novela O Clone [da Rede Globo],  pois ela mostrou uma imagem alegre, devota e protetora da família”, conta.
Para padre Hamilton, tal dado mostra que a influência que tais programas têm no comportamento e no imaginário das pessoas, bem como, a atração por valores como a família.
Os mais influencidos pela televisão são as crianças que tendem a imitar tudo aquilo que vêem, lembra padre Hamilton. “A maioria das crianças passam em média quatro horas diárias na frente da tv, quase o mesmo tempo que passa na escola”, salienta.

Perigos da rede

A internet começou a se popularizar na década de 1990, até o fim de 2010 foram contabilizados 5 bilhões de usuários em todo mundo e atualmente a telefonia movel está tornando mais acessível o uso da internet, que por sua vez, promove a interatividade. Mas o sacerdote ressalta que é preciso tormar cuidado com o uso da internet.
“A internet é a grande inimiga da família. Antes diziamos que era a tv, mas hoje é a internet, por ela entra a pornografia, pedofilia, maus habitos, etc. As salas de bate -papo são as maiores causas de separação dos casais nos Estados Unidos”, destaca o padre.
A mídia pode sim ser uma auxiliar da família, para o sacerdote, a mídia precisa mostrar valores como valores e contravalores como contravalores, separando realmente o joio do trigo.
“A família, por sua vez, deve fomentar a construção de valores. Não vale tudo. Deve-se valorizar o ideal de família mesmo como santuário da vida”, reforça padre Hamilton.

Fomentando diálogos

Para os especislistas momentos de diálogo, como este promovido em Lorena, têm o objetivo de orientar e instruir as pessoas.
“É preciso orientar as pessoas, estar nesses fóruns, os cristãos devem estar presentes nos meios de comunicação e fazer a diferença. É preciso amadurecer o senso crítico da população, gastar tempo na busca de debates e dar oportunidades para abrir esse diálogo”, enfatiza professor Felipe Aquino.
Os diálogos começam nos centros universitários, mas para professor Aquino, eles devem estar nos grande meios, especialmente na Tv, para atinguir a grande população. “O programa Escola da Fé completa 12 anos, mostrando que as pessoas querem sim uma formação”, destaca.

Fonte: http://www.cancaonova.com

PAPA: “ESTAMOS NA ERA DA NOVA EVANGELIZAÇÃO”

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“O Evangelho transformou o mundo e ainda o está transformando, como um rio que irriga um grande campo”: Foi o teor do discurso feito por Bento XVI esta manhã, ao dirigir-se a 4.500 fiéis que foram à sua residência de verão para participar da oração dominical do Angelus.
“A Boa Nova destina-se a todos os homens e povos, e transforma a partir de dentro todas as culturas, abrindo-as à verdade fundamental: Deus é amor, se fez homem em Jesus e com o seu sacrifício resgatou a humanidade da escravidão do mal, oferecendo-lhe uma esperança concreta” – disse.
Hoje, vivemos ainda uma época de Nova Evangelização. Amplos horizontes estão se abrindo ao anúncio do Evangelho, enquanto regiões de antiga tradição cristã são chamadas a redescobrir a beleza da fé. Os protagonistas desta missão são os homens e mulheres que como São Paulo, podem dizer: “Para mim, viver é Cristo”.
Citando as pessoas, famílias e comunidades que aceitam trabalhar na vinha do Senhor, Bento XVI explicou que são trabalhadores humildes e generosos que não pedem recompensas senão participar da missão de Jesus e da Igreja.
Após recordar todas estas pessoas, o Papa convidou a rezarmos para que amadureçam em toda a Igreja vocações sacerdotais, religiosas e leigas, para o serviço da Nova Evangelização.
Em sua reflexão de hoje, Bento XVI se inspirou num trecho da Carta aos Filipenses em que se reitera que “Cristo não é apenas um personagem histórico, um mestre de sabedoria ou um líder religioso, mas um homem que Deus habita pessoalmente”.
Após rezar a oração mariana, o Papa agradeceu o grupo de agricultores italianos que lhe levaram de presente uma colmeia com meio milhão de abelhas a serem colocadas na fazenda de Castel Gandolfo. Esta iniciativa faz parte de uma ‘Campanha Amiga’, promovida pelos cultivadores no âmbito do mês de Salvaguarda da Criação para tutelar espécies salvas da extinção.
O Papa saudou os fiéis em várias línguas, e em alemão, pediu a seus conterrâneos que rezem pelo êxito de sua iminente viagem à Alemanha, a partir de 5ª feira próxima.
Em francês, Bento XVI recordou aos pais seu dever de encorajar seus filhos nos estudos e no período das escolhas que a vida lhes proporciona. Frisou que a família e a escola são “a boa terra que prepara a humanidade de amanhã”, e pediu orações “para que todas as crianças possam receber a educação a que têm direito”.
Enfim, o Papa concedeu a todos a sua benção apostólica.

Fonte: http://www.radiovaticana.org

O CASAMENTO MARGINALIZADO

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Pe. John Flynn, LC

Conclusões de um relatório recente sobre o casamento desenham uma situação preocupante.

Em agosto, o Instituto Brookings de Washington publicou o estudo “A Marginalização do Matrimônio na América da Classe Média”, sobre o estado civil de 51% dos adultos jovens que terminaram o ensino médio mas não têm estudos universitários.

O casamento goza de boa saúde entre os norte-americanos universitários mais ricos, que costumam casar antes do nascimento do primeiro filho. O informe indica que os divórcios neste grupo desceram a um patamar comparável ao do começo dos anos 70.

Os autores do estudo, W. Bradford Wilcox e Andrew J. Cherlin, observam que a história é bem diferente no grupo com menos estudos, que apresenta situações mais frequentes de uniões informais e divórcios. “O distanciamento do matrimônio, que começou nas comunidades de baixa renda nos anos 60 e 70, agora afeta a América de classe média”.

Nos últimos anos, as mulheres norte-americanas com estudos médios tinham sete vezes mais probabilidades de ter um filho sem estarem casadas do que as mulheres com estudos universitários. Em geral, 44% das mães que cursaram só o ensino médio têm filhos sem estarem casadas.

O aumento dos nascimentos em casais unidos informalmente é motivo de preocupação, porque o estudo também aponta que as crianças crescem melhor em famílias casadas.

É que as relações informais são bem menos duradouras: 65% dos filhos destas relações assistem à ruptura entre os pais antes de chegarem aos 12 anos. Esta porcentagem cai a 24% entre as crianças nascidas no casamento.

Causas

O relatório cita como causas do fenômeno tanto fatores culturais quanto econômicos. O mercado de trabalho para homens com educação média se deteriorou de modo considerável, restando-lhes hoje cargos menos estáveis e salários mais baixos do que há uma geração.

Ao mesmo tempo, há uma percepção geral de que é necessário um bom trabalho e boa renda para casar, o que torna as uniões informais uma alternativa de “espera” enquanto se acha um trabalho adequado.

O estudo recorda que, durante a Grande Depressão dos anos 30, as penúrias econômicas não levaram a mudanças importantes da vida familiar. E dá então relevância a três grandes mudanças de tipo cultural.

Em primeiro lugar, mudou a atitude quanto ao sexo e aos filhos fora do casamento. Este comportamento é muito mais aceito hoje, o que, combinado aos anticoncepcionais, enfraquece enormemente os valores familiares tradicionais. As mulheres solteiras com renda baixa costumam ter filhos mesmo assim, em vez de esperarem uma situação melhor que poderia implicar o risco de não terem filhos. Esta mentalidade se estendeu às mulheres com educação média.

Em segundo lugar, houve uma queda significativa na participação religiosa entre os membros da classe média norte-americana. Em comparação com os anos 70, a prática religiosa semanal desceu de 40% para 28%.

Em terceiro lugar, o marco legal da vida familiar sofreu uma reorientação. Com a aprovação do divórcio sem causa, passou-se do apoio ao compromisso matrimonial à ênfase nos direitos individuais.

Mudança

Mudar a tendência às uniões informais e aos altos índices de divórcio não é tarefa simples, admite o relatório. Entre as medidas sugeridas para a América do Norte:

– Proporcionar melhor formação às pessoas com estudos médios, para terem acesso a trabalhos melhores e mais estáveis.

– Mudar a forma dos benefícios sociais, que hoje penalizam o matrimônio porque os casais unidos informalmente perdem a ajuda econômica depois que se casam.

– Aumentar os descontos de impostos para as famílias com mais filhos.

– Mudar as atitudes culturais com campanhas semelhantes às de combate ao tabagismo e ao uso de álcool por motoristas.

– Investir em programas educativos para crianças pobres em idade pré-escolar para aumentar as expectativas de emprego das gerações futuras.

– Reformar as leis do divórcio para mitigar as consequências do divórcio sem causa, incluindo programas de educação obrigatória e períodos de espera para os casais com filhos.

Casualmente, um dos autores do estudo Brookings trabalhou em outra publicação sobre o casamento, divulgada um pouco mais tarde. O diretor do National Marriage Project, W. Bradford Wilcox, junto com outros dezoito estudiosos da família, publicaram a terceira edição do informe “Por que o Casamento Importa: 30 Conclusões das Ciências Sociais”.

Segundo o informe, a família biológica e casada continua sendo o marco privilegiado da sociedade, e o matrimônio traz benefícios à economia, à saúde e à educação.

A boa notícia deste relatório é que o divórcio caiu a níveis parecidos aos do começo dos anos 70. A notícia ruim é que esta melhora se deve em parte ao aumento das uniões informais. Isto significa que hoje é mais provável uma criança nascer de pais não casados do que vê-los divorciar-se.

Só 55% dos que tinham 16 anos na década de 2000 viviam com ambos os pais, em comparação com os 66% de vinte anos antes.

A falta de estabilidade dos casais de fato tem um impacto negativo nas crianças, segundo o relatório. As crianças têm o triplo de probabilidades de ser objeto de abuso nas famílias de fato do que em lares intactos, com seus pais biológicos casados. São também comuns o consumo de drogas, os problemas na escola e o mau comportamento.

Ásia

Estas mudanças na vida familiar não se limitam aos EUA. A capa de 20 de agosto da revista The Economist se dedicava ao “Voo do matrimônio” na Ásia.

No Japão, por exemplo, enquanto a porcentagem de mulheres em casais de fato era há 20 anos de um só dígito, atualmente alcança 20%.

A porcentagem de divórcios, ainda que consideravelmente menor que no Ocidente, duplicou desde os anos oitenta.

Com o casamento em dificuldades, tanto no Ocidente como na Ásia, o custo de não fazer nada para remediar isso é muito alto, para deixar que esta tendência continue.

Fonte: http://www.zenit.org

Arquidiocese de Maringá faz coleta em prol da África

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No final de semana dos dias 24 e 25 de setembro, a coleta das missas nas 55 paróquias da arquidiocese de Maringá será destinada à África. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira deram início à Campanha SOS África de ajuda às vítimas da seca na região nordeste do Continente, conhecida como Chifre da África (Somália, Uganda, Etiópia, Quênia, Djibuti e Eritréia).

A região, principalmente a Somália, passa pela seca mais intensa dos últimos 60 anos. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de 12 milhões de pessoas estão sentindo os efeitos da fome na região.

Ainda segundo os dados, o Chifre da África vem sofrendo nos últimos meses, além da seca, com a fome, conflitos e a alta dos preços dos alimentos. A crise na Somália já matou 30 mil crianças de fome. Cerca de 400 mil refugiados somalis, quase 5% de toda a população do país, encontram-se acampados em Mogadíscio e áreas ao redor. Aproximadamente 100 mil pessoas chegaram somente em junho e julho, segundo a ONU.

Um novo relatório da Organização Católica para a Solidariedade e ajuda humanitária sublinha que “a cada 11 semanas”, dez por cento das crianças somalis com menos de cinco anos “perde a vida”.

O ‘Situation report’ da Cáritas Somália, enviado à agência Fides, do Vaticano confirmou que “as estruturas de saúde da Somália estão a tentar enfrentar a chegada maciça de deslocados internos que estão a lotar os centros urbanos em busca de assistência”. Para reverter essa situação, você pode contribuir com campanha da CNBB e Cáritas, em favor das vítimas no Chifre da África, através de doações de qualquer valor.

Banco do Brasil: AG. 3475-4, C/C 26.116-5
Caixa Econômica Federal: AG. 1041, OP. 003, C/C 1751-6
Banco Bradesco: AG. 0606-8, C/C 187587-6
*para DOC e TED o CNPJ é: 33.654.419/0001-16

Evangelho – Mt 20,1-16a

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+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: Jesus contou esta parábola a seus discípulos: “O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: “Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo”. E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: “Por que estais aí o dia inteiro desocupados?” Eles responderam: “Porque ninguém nos contratou”. O patrão lhes disse: “Ide vós também para a minha vinha”. Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: “Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!” Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: “Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro”. Então o patrão disse a um deles: “Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?” Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.”
Palavra da Salvação.

São José de Cupertino

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O santo de hoje nasceu num estábulo, a exemplo de Jesus, em Cupertino, no reino de Nápoles, a 17 de junho de 1603. Filho de pais pobres, tornou-se um pobre que enriqueceu a Igreja com sua santidade de vida. José quando menino era a tal ponto limitado na inteligência que pouco aprendia e apresentava dificuldades nos trabalhos manuais, porém, de maneira extraordinária progrediu no campo da oração e da caridade.
São José foi despedido de dois conventos franciscanos por não conseguir corresponder aos ofícios e serviços comuns. Ele, porém, não desistia de recomendar sua causa a Santíssima Virgem, pela qual tinha sido anteriormente curado de uma grave e misteriosa enfermidade.
O poder da oração levou São José de Cupertino para o convento franciscano e ao sacerdócio, precisando para isso que a Graça suprisse as falhas da natureza. Desde então, manifestavam-se nele, fenômenos místicos acompanhados de curas milagrosas, que o tornou conhecido e procurado em toda a região. Dentre os acontecimentos espirituais o que muito se destacou foi o êxtase, que consiste naquele estado de elevação da alma ao plano sobrenatural, onde a pessoa fica momentaneamente desapegada dos sentidos e entregue totalmente numa contemplação daquilo que é Divino. São José era tão sensível a esta realidade espiritual, que isto acontecia durante a Santa Missa, quando rezava com os Salmos e em outros momentos escolhidos por Deus; somente num dos conventos onde viveu 17 anos, seus irmãos presenciaram cerca de 70 êxtases do santo.
A fama das curas milagrosas se alastrava como uma epidemia, exaltando a imaginação popular, e obrigando o Frei José, a ser transferido de convento para convento. Mas, os fenômenos se repetiam e o povo lhe tirava todo o sossego. Como na vida da maioria dos santos não faltaram línguas caluniosas que, interpretando mal esta popularidade atribuiu-lhe poderes demoníacos aos seus milagres e êxtases, ao ponto de denunciarem o santo Frei ao Tribunal da Inquisição de Nápoles. O processo terminou reconhecendo a inocência do religioso, impondo-lhe, porém, a reclusão obrigatória e a transferência para conventos afastados.
Depois de sofrer muito e de diversas maneiras, predisse o lugar e o tempo de sua morte, que aconteceu em 18 de setembro de 1663, contando com sessenta anos de humilde testemunho e docilidade aos Carismas do Espírito Santo. Foi beatificado por Bento XIV em 1753 e canonizado por Clemente XIII em 1767.

São José de Cupertino, rogai por nós!