Homilia Diária

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Fonte: https://padrepauloricardo.org

Sabedoria de Padre Pio

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Padre PioQuanto maiores forem os dons, maior deve ser sua humildade, lembrando de que tudo lhe foi dado como empréstimo. Para que se preocupar com o caminho pelo qual Jesus quer que você chegue à Pátria Celeste – pelo deserto ou pelo campo – quando tanto por um como por outro se chegará da mesma forma à beatitude eterna?

São Paulo em sua carta aos Efésios, capítulo quatro, versículos onze e doze nos diz que a uns Deus constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo. De fato somos membros do corpo de Cristo e temos a tarefa de com os dons que recebemos do pai celestial construirmos o corpo de Cristo, isto é, a Igreja.
Ninguém é perfeito, ninguém sabe fazer tudo. Nós precisamos uns dos outros e Deus quis que fosse assim. Tem várias coisinhas dentro de casa que sabemos fazer, como pequenos reparos elétricos ou até mesmo hidráulicos, pinturas e outros consertos, mas há certas coisas que não sabemos fazer e precisamos chamar alguém que verdadeiramente entenda do assunto. Outras vezes até sabemos fazer, mas preferimos pagar alguém que faça, pois sabemos que ficará bem melhor do que se for feito por nós mesmos.
Se ficamos doentes, vamos ao médico, não convém se automedicar, precisamos de um especialista. Às vezes vamos ao clínico geral e ele nos encaminha para outro médico, especialista naquele assunto específico que diz respeito a dor que estamos sentindo. Se estamos com dor de dente, vamos ao dentista, ninguém, creio eu, tenta arrancar seu dente sozinho em casa.
Há pessoas que eu conheço que tem um dom extraordinário para cantar e cantam nas missas, uma maravilha, mas não sabem tocar nenhum instrumento musical. Por outro lado conheço pessoas que sabem tocar perfeitamente bem dois ou três instrumentos, mas quando abrem a boca para cantar é um desastre.
Conheço pessoas que pintam telas à óleo. Um quadro mais lindo do que outro, mas se pedir para fazer uma escultura, não sai nada, nem mesmo de argila. Por outro lado, conheço pessoas que esculpem blocos de mármore, transformando-os em belíssimas peças, mas que se der a elas uma tela para pintar, não conseguem fazer nem um rabisco.
Nós que atuamos na área da educação, percebemos alunos que vão super bem em matemática e só tiram notas baixas em língua portuguesa. Outros são fera em língua portuguesa e tiram notas péssimas em matemática. Geralmente os que vão bem em matemática, também vão bem em química e física, e os que vão bem em língua portuguesa, se saem bem igualmente em história e ensino religioso. É que uns são da área de exata e outros da área de humanas. As ciências humanas em si refere-se somente àquelas ciências que tem o ser humano como seu objeto de estudo ou foco. Em outras palavras, consistem nas profissões e as carreiras que tratam primariamente dos aspectos humanos. Já as ciências exatas são as ciências que têm a Matemática, a Química e a Física como peças fundamentais dos seus estudos.
Claro que existem as exceções. Leonardo da Vinci por exemplo, era cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. De fato, um gênio. Mas nós, medianos, que fazemos parte da maioria das pessoas do mundo, não somos assim. Eu, por exemplo, sou da área de humanas, fiz faculdade de história e teologia, leciono ensino religioso, escrevo para um jornal, apresento um programa de rádio, já fiz teatro e cinema, escrevi mais de duzentas canções e publiquei livros de poemas, portanto não me convide para trabalhar na contabilidade da sua empresa, pois será um fracasso total.
Mas padre Pio nos dá valiosas lições quando nos diz que independente do dom que recebemos de Deus, temos que saber que estes dons não são nossos, são algo emprestado por Deus, portanto não podemos nos vangloriar deles, pois não são mérito nosso e sim graça de Deus. E quanto maiores os dons que recebermos, mais humildes devemos ser. Recebemos os dons para colocá-los a serviço, em prol da sociedade e não para guardá-los conosco egoisticamente. Desta forma, uns servindo aos outros com os dons que recebemos de Deus, fazemos um mundo melhor e vamos nos aperfeiçoando mutuamente para construirmos o corpo de Cristo. Nunca podemos invejar os dons que Deus deu a outrem e não a nós, pois não devemos nos preocupar com o caminho pelo qual Jesus quer que cheguemos à Pátria Celeste – pelo deserto ou pelo campo – quando sabemos que tanto por um como por outro, ou seja, com este ou com aquele dom, desde que colocado em prática à favor dos irmãos, chegaremos da mesma forma à beatitude eterna. Que assim seja, amém. Paz e bem!

Rodrigo Hogendoorn Haimann, ofs

Segunda Vida de São Francisco – Tomás de Celano.

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SEGUNDO LIVRO

Sobre a detração.
Capítulo 138 – Como queria que os detratores fossem punidos

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1 Afinal, como o coração cheio de caridade detesta o que é detestável aos olhos de Deus, essa era a atitude de São Francisco.
2 Execrava os detratores com horror, mais do que outros tipos viciosos, e dizia que tinham veneno na língua e envenenavam os outros.
3 Por isso evitava encontrar-se com os maldizentes, pulgas que picam quando falam, e desviava os ouvidos para não manchá-los, como nós mesmos vimos.
4 Certa vez ouviu um frade denegrindo a fama de outro. Virou- se para Frei Pedro Cattani, seu vigário, e proferiu este terrível juízo: “A religião corre grande perigo, se não neutralizar os difamadores.
5 Bem depressa o perfume suavíssimo de muitos vai começar a cheirar mal se não for fechada a boca fétida dessa gente.
6 Levanta-te, levanta-te, faz uma inquisição severa e, se descobrires que o frade acusado é inocente, inflige um castigo tão duro no acusador que os outros nunca mais se esqueçam.
7 Se tu mesmo não o puderes punir, entrega-o nas mãos do atleta florentino!”
8 (Chamava de lutador Frei João de Florença, homem de grande estatura e muito forte).
9 “Quero que tenhas o maior cuidado, tu e todos os ministros, para que essa peste não se alastre”.
10 Disse algumas vezes que aquele que despojasse seu irmão da boa fama devia ser despojado de seu hábito e não poderia levantar os olhos para Deus enquanto não devolvesse o que tinha tirado.
11 Foi por isso que os frades daquele tempo abominaram esse vício de maneira especial e estabeleceram firmemente que haveriam de evitar com todo cuidado qualquer coisa que diminuísse a honra dos outros ou que soasse a desprezo.
12 Na verdade, isso é correto e ótimo! Que é o detrator senão o fel dos homens, o fermento da maldade, a desonra do mundo?
13 Que é o falador senão o escândalo da Ordem, o veneno do claustro, a quebra da unidade?
14 Ai, a superfície da terra está cheia de animais venenosos, e não se pode esperar que algum dos homens de valor escape das mordidas dos invejosos.
15 Oferecem prêmios aos delatores e às vezes se derruba a inocência para dar a palma à falsidade.
16 Quando alguém não consegue viver com sua honradez, ganha comida e roupas devastando a honradez dos outros.

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1 A esse respeito, dizia muitas vezes São Francisco: “Isto é o que pensa o murmurador:
2 ‘Minha vida não é perfeita, não tenho ciência nem algum outro dom particular, e por isso não estou bem nem com Deus nem com os homens.
3 Já sei o que vou fazer: porei defeito nos escolhidos, e assim conseguirei o favor dos importantes.
4 Sei que meu prelado é também um homem, que já agiu comigo do mesmo jeito, por isso basta cortar os cedros que o meu ramo há de se destacar na floresta.
5 Vamos, miserável, alimenta-te de carne humana e, como não podes viver de outra maneira, rói as entranhas dos irmãos!’“
6 “Pessoas assim esforçam-se por parecer, não por ser boas. Acusam os vícios, mas não os corrigem em si mesmas.
7 Só louvam uma pessoa quando querem ser favorecidas por sua autoridade, mas calam os louvores que acham que não vão chegar aos ouvidos dos interessados.
8 Em troca de elogios funestos, vendem a palidez de sua cara de jejum, para parecerem espirituais, com direito de julgarem os outros sem serem julgados por ninguém.
9 Gostam de ser tidos como santos, sem o ser, e gostam de ter o nome dos anjos, mas sem a sua virtude”.

Evangelho – Jo 3,13-17

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Evangelho+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: “Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado,  para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.
Palavra da Salvação.

Bem-aventurado Luis Sasanda

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Santo do diaSacerdote e mártir no Japão, da Primeira Ordem (+1624). Beatificado por Pio IX no dia 7 de julho de 1867.
Luís Sasanda, martirizado no Japão, nasceu em uma família cristã japonesa. Seu pai, Miguel, foi martirizado em Yendo por causa de sua fé católica.
Desde 1603, pela sua santidade de vida e, especialmente, por sua piedade excepcional, foi um dos discípulos favoritos do franciscano Luís Sotelo, a quem o seguiu em suas peregrinações. Em 1613, viajou com ele para a Espanha, onde foi recebido na Ordem dos Frades Menores, e depois foi também para a Itália.
Ao visitar Roma, ficou muito impressionado com as grandes basílicas de São Pedro, São Paulo, São João de Latrão, Santa Maria Maior, as catacumbas, o Coliseu e outros monumentos do cristianismo, e voltou novamente ao Japão com o Beato Luís Sotelo e Luís Baba. Durante a estadia em Manila, nas Filipinas, foi ordenado sacerdote.
Em 1622, ele navegou junto com o Beato Luís Sotelo para o Japão em um navio japonês com destino a Nagasaki. Os marinheiros do navio, temendo serem acusados de transportarem missionários (as leis em vigor desde 1614 puniam severamente), os denunciaram às autoridades de Nagasaki. Estes os colocaram na prisão Omura, onde sofreram por cerca de dois anos, pela estreiteza do espaço e exposição às intempéries, e pela escassez e má qualidade da comida e falta de higiene. Na mesma cela foram recolhidos também Pedro Vasquez e Miguel Carvalho.
Durante a prisão, Luís Sasanda foi submetido várias vezes a fortes pressões para que renunciasse a fé, mas apesar de lisonjeiras promessas, permaneceu firme na fé em Cristo.
Em 24 de agosto de 1624, ele foi informado da sentença de morte. Na manhã seguinte, com uma corda em volta de seu pescoço foi levado em um barco até Focó, próximo a Scimbara. Ali foi amarrado e queimado vivo, enquanto rezava. Suas cinzas foram espalhadas ao mar.

Bem-aventurado Luis Sasanda, rogai por nós!